MEIO AMBIENTE/ ÁGUA
Obras
no Bananal estão 41% executadas
Subsistema vai
reforçar em 726 litros por segundo o sistema de abastecimento de água do DF.
Rollemberg acompanhou o andamento das intervenções na manhã desta quarta-feira
(28)
(*) GUILHERME PERA
A Companhia de Saneamento do Distrito Federal (Caesb) já executou 41% das obras do Subsistema Produtor do Bananal. Trata-se da primeira grande intervenção de captação de água desde a Bacia do Piripipau, há 16 anos. O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, vistoriou o andamento dos trabalhos na manhã desta quarta-feira (28).
Subsistema Produtor do Bananal vai reforçar em 726 litros por
segundo o sistema de abastecimento de água do DF. Governador Rollemberg
acompanhou o andamento das intervenções na manhã desta quarta-feira (28).
Está
quase concluso o desvio do rio para que possam ser iniciadas outras etapas da
obra. A elevatória 1, próxima ao rio, já está em fase de execução das
fundações. A elevatória de água 2 está na fase final das obras.
“Este
é mais um investimento para terminar de vez o problema de falta de água no DF.
Até o fim de setembro, já deveremos ter começado a captação aqui no Bananal”,
disse Rollemberg.
Todos
os equipamentos foram comprados por meio de licitação. As bombas já se
encontram no local da obra. Os trabalhos começaram em novembro de 2016.
O que é o subsistema do Bananal
O
Bananal significa um reforço de 726 litros por segundo para o Sistema
de Produção Santa Maria-Torto. O investimento é de R$ 20 milhões,
provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco
do Brasil.
“Apesar
de outras dificuldades na seca, é nesse período que as obras de infraestrutura
se desenvolvem com mais rapidez”, observou o presidente da Caesb, Maurício
Luduvice. “A agilidade nos trabalhos mantém o cronograma estabelecido.”
170 mil Quantidade de pessoas que serão beneficiadas com as intervenções, que
incluem captação no Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento
de Água de Brasília
Cerca
de 170 mil pessoas serão beneficiadas com as intervenções, que incluem captação
no Ribeirão Bananal e bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de
Brasília.
Outras grandes obras de
captação de água no DF
Também
para setembro está prevista a entrega das obras de captação emergencial no Lago Paranoá. Serão 700 litros
por segundo para abastecer a Asa Norte, o Itapoã, o Lago Norte, o Paranoá,
parte de Sobradinho II e o Taquari. Serão investidos R$ 42 milhões, vindos do
Ministério da Integração Nacional.
Em 11 de maio, as obras na parte
goiana do Sistema Produtor Corumbá 4 foram liberadas. O fornecimento será de
até 5,6 mil litros por segundo e vai ampliar em 70% a capacidade de
abastecimento do DF, além de desafogar o Descoberto. O orçamento é de R$ 540
milhões, divididos de forma igualitária entre o DF e o estado vizinho.
A
parte do DF independe de recursos do Ministério das Cidades, que havia
suspendido o repasse após recomendação do Ministério Público Federal. Portanto,
não estava parada do lado brasiliense. Havia suspeita de superfaturamento
apenas na parte de responsabilidade de Goiás.
“Quando terminarmos as obras, os problemas de abastecimento no DF
acabarão por cerca de 30 anos. A parte do DF nesta obra está cerca de 70%
realizada”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília
Compete
ao estado vizinho a captação hídrica e a construção de 12,7 quilômetros da
adutora. Outros 15,3 quilômetros são de responsabilidade do DF, assim como a
estação de tratamento de Valparaíso, de onde a água será bombeada para o DF e o
Entorno.
“Quando
terminarmos as obras, os problemas de abastecimento no DF acabarão por cerca de
30 anos. A parte do DF nesta obra está cerca de 70% realizada”, disse
Rollemberg.
A
Caesb tem também um projeto, já licitado, para captar, armazenar, tratar e
distribuir água do Lago Paranoá de forma definitiva. As obras estão orçadas em
R$ 480 milhões — o governo de Brasília negocia financiamento com a Caixa
Econômica Federal.
Serão
atendidas 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, nos condomínios
Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville e em Sobradinho.
Pequenas obras de captação de água no DF
No
fim de março deste ano, a Caesb reativou a captação no Rio Alagado, no Gama.
São 20 litros por segundo, que beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região.
Foram recuperados 4 quilômetros de trechos da adutora e instalada uma válvula
redutora de pressão. A água captada passa por um tratamento simplificado e é
encaminhada para a própria rede de distribuição.
Também
no Gama, cerca de 15 mil moradores são abastecidos pelo córrego Crispim desde
novembro de 2016. São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3
quilômetros de adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é
tratada e encaminhada para o reservatório do Gama.
Nas
proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul, a captação do Córrego Cabeça de
Veado — que desemboca no Lago Paranoá e complementa o abastecimento nas duas
regiões administrativas — foi aprimorada. Quatro bombas de captação foram
revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no córrego de
110 litros para 150 litros por segundo.
Outra
medida foi a ativação de um poço, em São Sebastião, com capacidade de produção
de 10 litros de água por segundo. A estrutura beneficia aproximadamente 4 mil
pessoas.
Volume morto do Descoberto
Questionado
sobre a necessidade de usar o volume morto Descoberto, Rollemberg observou que
o ritmo de diminuição do nível de água está menor do que nos anos anteriores,
devido a medidas como o racionamento do abastecimento.
“Isso
sem contar que, no fim do período de seca, teremos mais 1,4 mil litros de água
por segundo captados com a conclusão do Bananal e a captação emergencial do
Lago Paranoá”, disse. No entanto, não descartou a medida. “Estamos estudando
todas as possibilidades.”
(*) fonte: GUILHERME
PERA, EDIÇÃO: PAULA OLIVEIRA - Fotos:
Tony Winston/Agência Brasília
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