VAMOS ECONOMIZAR
SEM CHUVA, DF PODE SOFRER COM O RACIONAMENTO DE
ÁGUA
PLANO DE RACIONAMENTO DEPENDE DA CONSCIENTIZAÇÃO
SOBRE CONSUMO
(*) Roberta
Abreu
Os
brasilienses podem sofrer racionamento de água nos próximos dias. A informação
é do presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do
DF (Adasa), Paulo Salles. Segundo ele, há um plano de racionamento que ainda
não foi colocado em prática e ele depende da conscientização da população sobre
o consumo. “Dessa forma teremos menos demanda e vamos adiar ao máximo a
possibilidade de racionamento”, avaliou.
Apesar da declaração de
Salles, algumas regiões já sofrem com a suspensão do fornecimento de água
devido à estiagem. Moradores de Sobradinho, Planaltina e São Sebastião ficaram
sem água no domingo (18). O serviço só seria restabelecido na manhã desta
segunda-feira (19).
Segundo Salles, os
reservatórios dependem da chuva e, por enquanto, a água é suficiente para
suportar a demanda até que as precipitações recomecem. “Se não atrasar muito”,
avisou. Enquanto a chuva não chega o presidente pede apoio. “Pedimos à
população que participe do esforço para termos mais águas nos próximos dias”, disse.
A economia pode ser
feita ao se evitar de usar água potável na lavagem de calçadas, carros, além de
irrigar plantas. Outras medidas como tomar banhos rápidos e verificar possíveis
vazamentos ajudam. “Estamos fazendo campanhas pela redução do consumo desde
março. Em junho falamos sobre o estado de atenção e da possibilidade do estado
de alerta, o que aconteceu na sexta-feira (16)”, disse Salles.
Segundo o presidente da
Adasa, os governos anteriores tomaram providências para evitar que a situação
chegasse a esse nível, mas as obras iniciadas ainda não foram finalizadas. “Não
temos como ampliar a capacidade de servir a população num curto prazo. A Caesb
está fazendo o que pode, ninguém deseja o racionamento. Estamos buscando por
meio da conscientização a redução do consumo”, disse.
Sem água
Questionado sobre a
interrupção do fornecimento a diversas regiões, Salles garantiu que essas
situações não fazem parte do racionamento. “São interrupções que acontecem e
voltam em poucas horas. Quando houver o racionamento de fato, será planejado e
informado. Não precisamos alarmar a população, precisamos de tranquilidade, que
sejam racionais na hora de utilizar a água”, avaliou.
Chuvas
Segundo Salles, a
ciência climática é cheia de “incertezas”, mas os prognósticos são bons. “Temos
expectativa de chuvas acima da média em outubro e novembro. Chuvas pequenas
colaboram, diminuem a temperatura e aumentam a umidade do ar, mas para os
reservatórios e córregos não são suficientes”, explicou. Para que os níveis
subam, é necessária muita chuva em dias consecutivos, de acordo com a
explicação de Paulo Salles.
“Em todo o país vemos a perda de rios,
córregos e nascentes e o DF padece com o crescimento desordenado. Temos a
situação controlada todos esses anos com sucesso e pela primeira vez
enfrentamos essa dificuldade. Tenho certeza que a população vai entender e
vamos enfrentar a situação com serenidade”, completou.
Fonte: (*) Roberta Abreu- Diário do Poder
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