SAÚDE: DF é líder absoluto em transplantes de córnea
A média
local de 177,4 cirurgias por milhão de habitante é 59% superior à de São Paulo,
segunda colocada no ranking nacional
O Distrito
Federal alcançou o patamar de líder absoluto no transplante de córnea. Os 221
procedimentos realizados no primeiro semestre de 2014 representam uma média
177,4 intervenções por milhão de habitantes (pmp). O número é 59% a mais que
São Paulo, segundo colocado, com 111,3 cirurgias. Os dados são da Associação
Brasileira de Transplante de Órgão (ABTO).
Segundo o
oftalmologista Rogério Nóbrega, coordenador da especialidade na Secretaria de
Saúde, a quantidade de procedimentos no DF se deve à qualidade das equipes, que
realizam as cirurgias de emergência no Hospital de Base do Distrito Federal
(HBDF) e as de rotina no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Instituto
de Cardiologia do DF (ICDF), além de clínicas particulares.
“As equipes
de transplantes são muito boas. A gente trabalha muito e vai se revezando para
atender. Só no Hospital de Base são seis médicos”, destacou o especialista, que
faz parte da equipe de transplantes do HBDF.
O êxito dos
transplantes de córnea no Distrito Federal se deve a uma estrutura consolidada
de captação, feita pelo Bando de Olhos local. A unidade foi inaugurada em 2002
e luta contra o relógio para conseguir convencer as famílias, fazer a extração
do órgão, triagem, armazenamento e ampliar o número de transplantes. O tempo
para obter a córnea é curto, de apenas seis horas após a parada cardíaca, ou 24
se o doador estiver em refrigeração.
De acordo
com a coordenadora do Banco de Olhos, Mônica Santos, um dos principais
problemas para ampliar a doação é o desconhecimento. “Muitos deixam de doar
porque não conhecem. Até alguns profissionais de saúde não sabem nem como funcionam
o processo de captação, nem que o DF faz transplantes”, frisou.
Isabela
Pereira Rodrigues, enfermeira do Banco de Olhos, ressaltou que a estratégia na
hora de abordar as famílias dos doadores é a de que duas vidas serão
beneficiadas. “Cada córnea vai para um doador diferente”, esclarece.
Este ano, a
média do Banco de Olhos é de 33 doações por mês. A expectativa é que esse
número aumente com a conscientização da população e com o trabalho das
Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante,
que funcionam em dez hospitais do Distrito Federal.
SERVIÇO
Para fazer
uma notificação de óbito, basta entrar em contato com o Banco de Olhos, que
funciona 24 horas, no telefone: 3315-1633.
Fonte: Secom/DF - Foto: Renato Araújo
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