name='content'> ]]>

RECENTES

EDUCAÇÃO / SOBRADINHO


Estudantes de Sobradinho sobem ao pódio em Olimpíada de Robótica

(*)João Gabriel Amador 


Com robô capaz de fazer resgates, alunos do DF ficaram em 3º lugar na competição nacional

O que começou com a curiosidade de desmontar eletrodomésticos se transformou em prêmios e reconhecimento. Assim pode-se resumir a história de João Vitor Pinheiro da Cruz, de 18 anos. O jovem é um dos integrantes do grupo que representou Brasília na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e trouxe para casa o troféu de 3º colocado.

A competição nacional ocorreu nos dias 8, 9 e 10 deste mês e reuniu 69 equipes de todo país, classificadas após etapas regionais, das quais participaram mais de 3 mil grupos. Os testes envolviam o desenvolvimento de um robô autônomo capaz de percorrer trajetos com obstáculos e resgatar vítimas de uma suposta catástrofe. Claro que em escala reduzida, onde bolinhas de pingue-pongue fazem o papel de vítimas.

Para João Vitor, o pódio foi a realização de um sonho persistente há quatro anos. “Começamos o projeto na escola em 2013 e já havíamos batido na trave algumas vezes. Mas dessa vez apostamos em um robô mais simples e eficiente, que gerou o resultado positivo”. A conquista foi emocionante para o jovem, uma vez que a equipe conseguiu saltar da 12ª colocação no primeiro dia de competição para o 3º lugar na última prova.

Por trás do sucesso, uma pessoa foi fundamental: o professor de biologia Alexandre Zeitune. O docente implementou a aula de robótica no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 08 de Sobradinho, de onde saiu a equipe vencedora. “Em 2013, alguns estudantes me procuraram, dizendo que queriam participar da Olimpíada. Abracei a ideia. Adquirimos os equipamentos e tive que aprender, junto com eles, a programar e desenvolver os robôs”, contou o educador sobre o início do projeto.

Mundo de possibilidades

As vitórias trouxeram reconhecimento e oportunidades para os estudantes. Antes mesmo de terminar o ensino médio, João Vitor já recebe propostas de estudo e trabalho. “Algumas faculdades me chamaram para que eu possa continuar competindo e escolas me convidaram para dar aulas de robótica para crianças”, conta o jovem.

Mas ele ressalta que, por enquanto, seu trabalho é de ajudar e incentivar novos talentos. “Sou voluntário na escola como monitor no turno contrário de minhas aulas. Acho que as vitórias que tivemos são importantes para inspirar outros estudantes e colégios”.

Um dos influenciados é o pequeno Pedro Roberto de Carvalho. Com apenas 11 anos, ele já participou da competição nacional e acredita que as aulas ajudam no ensino. “Gosto muito de desafios e os conhecimentos de lógica que aprendemos são usados também nas outras disciplinas”.

Atualmente a rede pública do DF conta com diversos projetos semelhantes ao do CEF 08 de Sobradinho. E a prova do sucesso está nos resultados das últimas competições. Na etapa regional da OBR, os colégios da rede foram medalha de ouro nas duas principais competições do evento, uma voltada para o ensino fundamental e outra para ensino médio. Na categoria para alunos até o nono ano, a medalha de prata também ficou para uma unidade pública.




(*) Fonte: João Gabriel Amador  Últimas Notícias -Foto: Luis Tavares, Ascom/SEEDF

Nenhum comentário