AÇÃO REMOVE GUARITA DE CONDOMÍNIO IRREGULAR EM SOBRADINHO
Espaço já
foi alvo de grileiros em 2012 e 2013
A guarita e
o portão eletrônico de um condomínio ilegal de Sobradinho foram retirados,
nesta segunda-feira (31), durante operação do Comitê de Combate ao Uso
Irregular do Solo. Nos dois últimos anos, cinco pessoas foram presas no local
depois de serem flagradas enquanto vendiam unidades do loteamento irregular,
batizado condomínio Bouganville.
A Secretaria
da Ordem Pública e Social (Seops) e a Agência de Fiscalização (Agefis)
coordenaram a remoção, que resultou, ainda, na retirada de 330 metros de cercas
da separação de seis lotes.
"A
retirada dessas benfeitorias é um passo importante para demonstrar que este
governo preza pela legalidade, mas é também simbólica. Sem elas, todos terão
acesso à área, que é pública, mas estava sendo ilegalmente privatizada",
contou o subsecretário da Seops, Nonato Cavalcante.
Em um dos
lotes, agentes e fiscais encontraram nascentes que haviam sido represadas. A
suspeita é que os futuros moradores teriam a intenção de usar a água para
abastecer as construções irregulares. O caso será comunicado à Delegacia
Especializada do Meio Ambiente (Dema) para que o responsável seja identificado
e possa responder criminalmente.
O condomínio
Bouganville fica na região da Rota do Cavalo, próximo à Torre Digital, e tem
aproximadamente quatro hectares. Em julho de 2012, agentes da Seops, em ação
com a Polícia Civil, prenderam em flagrante quatro corretores, todos com
registro profissional ativo na época e que aliciavam cinco pessoas interessadas
em comprar lotes.
Os suspeitos
ofereciam parte dos 336 lotes, com tamanhos entre 400 e 800 metros quadrados
cada, quando foram surpreendidos por agentes e policiais. Cada unidade era
vendida por R$ 70 mil, o que poderia render até R$ 23 milhões aos criminosos.
Os suspeitos foram autuados em flagrante por parcelamento irregular do solo.
Em abril do
ano passado, mais uma prisão. Dessa vez, um falso corretor, que tinha no
currículo outras 14 passagens pela polícia por crimes, como roubo, furto e
receptação. Na época, a investigação não apontou relação entre o suspeito e os
outros quatro corretores detidos 10 meses antes.
"Orientamos
as pessoas que não comprem lotes no local. Aqueles que infelizmente compraram,
não construam. A área está repleta de nascentes, é considerada de preservação
permanente. Não há qualquer menção de que poderá ser regularizada",
alertou o subsecretário Cavalcante.
A região
escolhida para a construção do loteamento ilegal está dentro da Área de
Preservação Ambiental (APA) São Bartolomeu. Além das nascentes, o loteamento está
repleto de vegetação nativa do cerrado, como o Buriti, árvore símbolo do
Distrito Federal e que é protegida pela legislação ambiental.
Fonte: Seops
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