NO PONTO
No ponto a
conversa é fiada, prolongada
A espera do
ônibus, que não vem
Demora, não
chega, retarda
O
desencontro é anunciado
Passageiros
dispersam
No ponto
ninguém
E o ônibus
segue seu itinerário
Quando vem
Se chega,
não sei
O dia de
ontem
De hoje
O de amanhã
São todos
iguais, respeito não tem
E o ônibus
prossegue
Sem regra,
sem mando, sem nada
Bem lento
E não leva
ninguém.
Gerigeo
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