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SAÚDE: HIPERTROFIA DA ADENÓIDE AGRAVA PROBLEMAS DE SAÚDE EM CRIANÇAS


Doença pode causar deformidade e interrupção do crescimento

Roncos, agitação do sono e apneia noturna têm feito pais e mães procurarem consultórios médicos em busca de soluções para a cura dos sintomas em seus filhos. A doença identificada como adenoide atinge 70% das crianças e pode causar graves problemas de saúde, mas apenas 5% dos casos serão cirúrgicos.

Segundo a otorrinolaringologista do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Ana Maria de Freitas Machado Braga, durante a fase inicial da doença o pacienta apresenta dificuldades para dormir, diurese noturna e diversas alergias e infecções nas vias superiores.

“Em média, 70% das crianças irão apresentar complicações decorrentes de adenoides, mas apenas 5% dos casos serão cirúrgicos porque, com o desenvolvimento da criança, a obstrução tende a ser atenuar. Assim, só indicamos para pacientes maiores de três anos de idade e que apresentem mais do que 75% de obstrução nasal”, explica Ana.

Adenoide é um tecido linfático localizado na região posterior da cavidade nasal e sua função está ligada a produção de anticorpos para atuar na defesa respiratória contra bactérias e vírus. A doença é causada principalmente em crianças com até 10 anos de idade, quando o tamanho da adenoide aumenta por causa do sistema imunológico em desenvolvimento que fica mais sensível e os quadros inflamatórios obstruem a passagem de ar.

A médica relata que caso a cirurgia não seja realizada, a criança pode apresentar graves problemas de saúde como, por exemplo, deformidades na face, baixa qualidade do sono, dificuldade de concentração, inibição do hormônio do crescimento e até otites crônicas que causam surdez.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal oferece atendimento a pacientes com adenoide no Hospital Regional do Guará, Hospital Regional de Taguatinga, Hospital Regional da Asa Norte, Hospital Regional de Sobradinho e no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) que é especializado no atendimento de crianças com até 12 anos.



Por Ludmila Mendonça e Ana Luiza Greca, da Agência Saúde DF 

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