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Um dia após ação do MP, Raad Massouh pede afastamento do cargo



MP investiga Raad Massouh por suposto desvio de verba; ele nega.
Promotorres aprenderam documentos na casa e no gabinete dele.

O secretário da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária do Distrito Federal, Raad Massouh, pediu afastamento do cargo nesta quarta-feira (28).

O pedido de afastamento ocorre um dia após ação do Ministério Público, que investiga suposto desvio de verbas de emenda parlamentar para evento em Sobradinho, em 2010. A operação resultou na apreensão de documentos na casa e no gabinete do secretário.

Em nota, a secretaria de imprensa do GDF diz que o “secretário manifestou ao governador Agnelo Queiroz seu desejo de participar das importantes votações de fim de ano na Câmara Legislativa, assim retomando seu mandato parlamentar.”

A assessoria do secretário informou ao G1que ele já havia decidido que deixaria o cargo para participar da votação da Mesa Diretora da Câmara Legislativa do DF. Massouh é deputado pelo PPL.

Ele é o autor da emenda que destinou os recursos a uma festa em Sobradinho, para o fomento do turismo rural. Ao G1, o secretário afirmou, nesta terça, que sabe das irregularidades apontadas na realização do evento, mas disse que a responsabilidade não é dele.

"Não tenho obrigação de fiscalizar o uso da verba. Quem usa a verba é o Executivo, foi o administrador de Sobradinho na época. Ele pegou a verba e usou em outro evento, e eu não tenho nada a ver com isso. O Ministério Público tem mais é que fazer isso, tem que averiguar mesmo. Eu estou tranquilo, até minhas armas são registradas ", disse Massouh.

O evento ocorreu em outubro de 2010. Uma denúncia anônima levou a polícia a investigar a destinação de dinheiro público para a festa, que foi contratada com dispensa de licitação. As denúncias envolvem ainda superfaturamento de shows e atestados falsos na prestação de contas.

Na época, a região era administrada por Carlos Augusto de Barros. O G1 tentou contato com ele, mas não obteve retorno. Quando começaram as investigações, o ex-administrador disse que dispensou a licitação amparado por lei, que não houve superfaturamento dos shows e que o evento só foi feito em um dia por problema na geração de energia. Quanto aos artistas que não se apresentaram, ele disse que os shows foram compensados de outra forma.

Barros foi indicado para o cargo pelo próprio Massouh, em maio de 2010. Ele permaneceu à frente da administração até o final do mandato, em dezembro de 2010, dois meses depois do início das investigações sobre a irregularidade.

A atual administração de Sobradinho informou nesta terça que a irregularidade aconteceu na gestão anterior e que o processo está na Polícia Civil, por isso não há como se manifestar a respeito.

Fonte G1/DF - foto divulgação

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