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SEGURANÇA: Mulher forja sequestro-relâmpago e é presa em Sobradinho


*Rener Lopes

Um caso que movimentou todo o aparato da Polícia Civil e Militar na tarde desta terça-feira (27) não passou de uma mentira. Foi desta maneira que uma mulher de 33 anos foi detida em Sobradinho.

Inicialmente, tudo parecia um sequestro-relâmpago. A mulher, cuja identificação não foi divulgada, teria sido sequestrada por volta das 15h30 na saída de um banco na 716 Sul e estaria sendo mantida num porta-malas de um veículo. Por meio de mensagens de texto, ela mantinha contato com a família sobre sua localização.

Assim, a família comunicou à Polícia Civil do caso e todo o aparato, como helicóptero e várias viaturas, foram mobilizados para iniciar as buscas. A mulher foi localizada duas horas depois, toda machucada, com uma lesão na face e estava com braço e pernas arranhados. Foi medicada e confirmou aos policiais que havia sido vítima de sequestro.

Chegando à Divisão de Repressão a Sequestros (DRS), no Setor de Garagens Norte, começaram as contradições. Ela informou diversos fatos ao delegado e, após muitas entrevistas, confessou que havia inventado todo o crime. A mulher informou que havia sido agredida pelo ex-marido no rosto e, para esconder o fato do atual namorado e da família, resolveu simular o caso.

Ela contou que foi a uma área rural em Sobradinho, se arranhou com um arame e, mesmo assim, tinha dito aos policiais que havia sido agredida pelo suposto sequestrador.

De acordo com o delegado Jonas Bessa de Paula, não é a primeira vez que isso acontece com essa pessoa: "Há um tempo atrás, a mesma pessoa registrou um caso de cheques que haviam sido roubados. Ela, na verdade, perdeu os cheques e registrou o caso para dizer ao dono do documento que tinha sido roubada", explicou.

"Pessoas que caem em golpes ou em problemas extraconjugais costumam ficar com vergonha e registram os casos de forma errada, como sequestros ou roubos", completou o delegado.

O delegado também ressaltou que, casos como esse, podem prejudicar quem necessita do apoio policial: "O prejuízo é muito grande. Nesse caso, a Polícia mobiliza todo esse aparato e, quem realmente precisa, fica prejudicado", disse.

A mulher foi autuada por falso comunicação de crime, pelos dois casos, o dos cheques e do sequestro-relâmpago. Se condenada, pode pegar de um a seis meses de detenção. Ela foi liberada após assinar Termo de Compromisso. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Atendimento à Mulher, que prosseguirá com as investigações.

Saiba mais
De acordo com o delegado Jonas Bessa, alguns casos finalizados de sequestro-relâmpago não são comunicados às delegacias. Com isso, as investigações continuam e não são resolvidas. Por isso, a Polícia pede que, quando os familiares forem encontrados, compareça à uma Delegacia Policial mais próxima e comunique o encerramento do caso.

Fonte: Rener Lopes/ clicabrasilia

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