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EDUCAÇÃO: Escolas particulares terão reajuste nas matrículas de 2013

*Fábio Magalhães

Proporcionar educação de qualidade para os filhos é uma tarefa que a maioria dos pais se esforça para fazer a qualquer custo. Porém, com a chegada do fim do ano letivo e início da temporada de renovação de matrículas, é preciso ficar atento ao aumento das mensalidades para o próximo ano, que deve chegar a 15%, com uma inflação que não deve ultrapassar 6%, e pode comprometer a renda familiar do brasiliense.

Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que, este ano, no DF, o Ensino Fundamental teve aumento de 9,5%. O Ensino Médio, por sua vez, registrou elevação de 9,73%. Se consideradas as variações desde 2008, a educação básica teve um acúmulo de 53,04% dereajuste e, no mesmo período, o Ensino Médio ficou 52% mais caro.

Para manter uma criança estudando nos ensinos Infantil e Fundamental, neste ano, os pais desembolsam mensalmente de R$ 300 a R$ 1 mil. Já os que estão na primeira série do Ensino Médio pagam mensalidades que variam de R$ 800 a R$ 1,8 mil e, se os índices de aumento previsto para 2013 se concretizarem, boa parte das mensalidades sofrerá acréscimos próximos ou superiores a R$ 150.

A variação de valores é grande e nesta hora os pais devem pesar a qualidade do ensino e o custo-benefício de manter o aluno em determinada instituição. Por ser autônoma, não há uma normatização que unifique as tabelas de mensalidades na rede particular ou que estipule um teto para a cobrança.

De sete escolas ouvidas pela reportagem, quatro confirmaram altas acima de 10% e as outras três informaram ainda não ter definido os novos valores. Conforme estimativa do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe-DF), a divulgação oficial dos novos índices deverá ocorrer na primeira semana de outubro.

De acordo com a presidente do Sinepe-DF, Fátima de Mello Franco, reajustes na faixa 10% são considerados dentro do padrão e não há ilegalidade. “Mas todo reajuste precisa ser justificado”, explica. Para ajudar os diretores das escolas a estabelecerem os índices de reajuste, o Sinepe ofereceu um curso de elaboração dos novos preços. “As escolas precisam saber o que os pais podem pagar. Ela é o único prestador de serviço que precisa fixar o seu preço 16 meses antes do serviço ser concluído. É preciso planejar”, diz.

Fonte: clicabrasilia, Foto: Divulgação

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