* Kelly Almeida / Isabela de Oliveira
Carlos Roberto Duarte dos Santos, filho de Aureliana Duarte dos Santos, uma senhora de 77 anos que morreu no Hospital Santa Helena em abril deste ano após suposta omissão de socorro, presta depoimento na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) neste momento. Ele acusa a unidade de saúde de condicionar o atendimento mediante pagamento de cheque-caução, o que teria levado mais de duas horas para acontecer.
Aureliana chegou ao hospital com o filho por volta das 19h30, em 9/4. No atendimento de emergência, a idosa foi diagnosticada com arritmia cardíaca e pressão baixa. O médico teria dito que a paciente precisava dar entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) imediatamente. Ao tentar entrar na unidade, Carlos foi informado que era necessário deixar dois cheques. Não tendo o talão em mãos, ele teve que voltar em casa, em Sobradinho, a 30 km do Plano Piloto. Aureliana faleceu por volta de 1h40 de 10/4.
A polícia vai requisitar laudo do Instituto Médico Legal, para averiguar se a espera foi determinante para a morte de Aureliana. A princípio, a investigação deve se concentrar nos prontuários médicos.
Nesta quarta-feira (9/5), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou projeto que torna crime a cobrança de cheque-caução em atendimento médico-hospitalar de emergência. A proposta segue para votação no Plenário. Quando regulamentado pelo Executivo, o projeto pode vincular as estapas seguintes à emergência. Resolução normativa da Agência Nacional de Saúde (ANS) já proíbe cobrança de cheque-caução, em qualquer fase do atendimento hospitalar.
Por Kelly Almeida /Isabela de Oliveira / correio web
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