RECENTES

SEGURANÇA: Violência assusta o Lago Oeste

*Rafael Souza

Com certeza, preferiria escrever sobre amenidades – noite enluarada, coaxar do sapo, sopro da brisa, canto de pássaro, canteiro verdejante, som de cachoeira, e tantas outras coisas mais que pudessem suavizar e brindar sentimentos eventualmente carentes desse tipo de leitura.

Mas as notícias que me são dadas a conhecer, mormente da localidade em que moro, no Lago Oeste, têm sido pouco alvissareiras. Por isso, à falta de uma viola, para pontear, terei de adentrar por outro enfoque: a violência.

Pois bem. Este lugar, que não é perto, também não é muito longe, equidistante de Sobradinho e de Brasília, tem suas peculiaridades. Em contraste irremediável ao bucolismo do que resta da Floreta Nacional, do outro lado da rodovia DF-001 há um conglomerado de chácaras, algumas virando condomínios irregulares, em aceno para o surgimento de uma nova Vicente Pires da vida. O que se pode fazer?

Mas o Lago Oeste é marcado pela violência. Algum tempo atrás, o brutal assassinato do professor Carlos Mota, diretor da única escola pública da localidade, abatido por quatro marginais, em represália ao combate às drogas por ele empreendido.

Na Fazenda Chapadinha, faz pouco tempo, um homem, de nome Anamon, foi brutalmente assassinado a golpes de facão e um outro, cujo nome não foi informado, desapareceu misteriosamente.

Há, ainda, registros de alguns casos de violência contra mulheres, atacadas pelos covardes. Mas elas permanecem silenciosas. Não recorrem à polícia por absoluto medo.

Nessa esteira, numa noite de domingo do mês passado, ao chegar à porta da sua casa, enquanto a abria, a jornalista Catharina Oliveira Bastos foi covardemente atacada, pelas costas, sem qualquer chance de defesa, por um canalha que vinha lhe prestando serviços, resultando numa tentativa de latrocínio. O bandido, em concurso com outro, desferiu-lhe onze golpes de faca. Milagrosamente, ela escapou.

Curioso é que a Polícia do DF, que tem se revelado competente em crimes complexos, até agora parece nada ter apurado. As investigações estão a cargo da 35ª DP, de Sobradinho II, de quem se espera diligência para a elu¬cidação do caso. Um dos bandidos, segundo apurou o Brasília Capital, continua no Lago Oeste, impunemente. O outro, ao que tudo indica, está próximo.

A esperança é que, a partir das mudanças anunciadas hoje(3) pelo novo diretor da Polícia Civil, Onofre de Moraes, a corporação se torne mais efetiva no cumprimento dessas diligências.

Fonte: Brasília Capital/blog Clipping Sobradinho II

Nenhum comentário