DEU NO DFTV/GLOBO: 152 famílias estão em área de risco, as 49 em situação mais grave começaram a ser transferidas, mas a chuva e a falta de material atrasam a operação.
As chuvas fortes que ocorreram nos últimos dias preocupam os moradores da Vila Rabelo. Na avaliação da Defesa Civil, 152 famílias estão em área de risco. 49 estão em situação mais grave e já começaram a ser transferidas há duas semanas.
Há uma semana, a desempregada Rejane Neves foi avisada que seria transferida. Começou a tirar telhas, janelas, mas ainda espera. Ontem, ela recebeu a notícia que deve sair ainda nesta sexta-feira (25). “Espero sair logo, porque quero organizar a minha vida. Como está não dá, eu não posso sair de casa porque está tudo aberto. E esta chuva sem telhado está difícil”, diz.
As casas são demolidas logo após a mudança das famílias. Ao todo, 28 já saíram, mas ainda faltam 21. Porém, a chuva e a falta de material atrasam os trabalhos. ”Está faltando telhas e madeirite, o governo está fazendo compra emergencial, acredito que terça ou quarta feira este material estará chegando”, afirma o representante da Sudesa major Alex Ferreira.
A líder comunitária Sueli Santos também tem que sair, mas outras famílias estão em áreas ainda mais perigosas. Ela afirma que a casa está caindo. “Tenho medo, porque acho que a área onde estão sendo levadas as famílias não é suficiente para abrigar todos. E para mim não existe um caso que não seja [de risco] iminente”, avalia.
Antônio Mesquita mora com as duas filhas em cima do barranco, mas a área não foi considerada de risco. Segundo a Sudesa, o terreno está firme e a estrutura da casa é boa. Mas ele tem medo. “Eu moro na beira, se quebrar, já estou despejando”, relata.
As famílias estão sendo transferidas para a Vila Buritizinho, também em Sobradinho II. O local ainda não tem infraestrutura. As casas são de madeirite e os banheiros são químicos. “Tudo no começo é difícil, depois a gente vai se estabilizando devagar”, diz um dos moradores transferidos.
Segundo a Sudesa, as 152 famílias serão transferidas, mas não há um prazo para a conclusão. Uma nova avaliação será feita, para ver se outras famílias também terão que sair.
(OBS):Assista o vídeo em anexo, clicando no título deste artigo
Por Maria Fernanda / Edgar De Andrade
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