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DEU NO DFTV/GLOBO - Polo de Cinema e Vídeo está completamente abandonado

O polo, criado para ser um centro de produção, está maltratado. Projeto para a reforma do local até existe há seis anos, mas Secretaria de Obras informou que os reparos só devem acontecer em 2011.

O Polo de Cinema foi inaugurado em 1993 em um espaço considerado, na época, uma cidade-cenográfica. O local levava o nome de Grande Otelo, em homenagem a um dos principais atores da história do cinema brasileiro. A inauguração causou euforia entre artistas da cidade e de todo o país.

As placas que indicam o caminho até o Polo de Cinema, em Sobradinho 2, já mostram o abandono. “O que a gente vê é o descaso. Temos a oportunidade de ter o Polo de Cinema, mas ele não tem nada ativado”, diz o corretor de imóveis Nilton Reis.

Na entrada do polo, a primeira cena de descaso. O prédio que deveria abrigar um estúdio tem uma casa de marimbondo; o mato alto quase esconde o antigo retroprojetor; na sala da administração, os documentos têm que ser protegidos do cupim por um plástico e a parede chegou a mudar de cor por causa da umidade.

“Prometeram que viriam celebridades para fazer filmagens. No entanto, não vejo nada. Teve muito pouco trabalho”, comenta o servidor público Elias da Rocha.

“O polo foi uma ideia para que tivéssemos condições para trabalhar, porque antes disso era só a universidade com algum equipamento e um ou outro empreendedor privado”, conta o cineasta Nelson Pereira dos Santos.

No espaço que deveria abrigar atores e produtores do cinema nacional sobram teias de aranha. O estúdio está abandonado e a luz que entra no local não é de um refletor, é a luz do sol. Nos camarins não existe espelho; a maçaneta da porta quebrou e a madeira está podre. O telhado está destruído e, quando chove, tudo fica completamente alagado.

“A gente podia pegar o Polo de Cinema como um dos símbolos do abandono e do descaso com que as artes em Brasília. É quase que inútil ter aquilo ali. O rosto desta cidade poderia ser outro se os artistas fossem melhor assistidos”, defende o cineasta Vladimir Carvalho.

O espaço foi usado este ano para apenas uma filmagem. O polo tem um acervo de filmes e vídeos nacionais, mas a última exibição foi em 2009, pouco antes do teto ruir.
“Tem que injetar recursos para as obras. Pois o projeto de 2004, que está parado na Novacap, já está com o orçamento ultrapassado. Na época era de mais ou menos R$ 500 mil, agora, precisa fazer um novo projeto”, explica o diretor de Cinema e Vídeo da Secretaria de Cultura, Sérgio Fidalgo.

A Novacap informou que entregou o projeto de reforma à Secretaria de Obras que poderia conseguir recursos para fazer as melhorias. A secretaria respondeu que prioriza obras em andamento e, por isso, a reforma do Polo de Cinema não foi contemplada no orçamento deste ano. A previsão é que a reforma saia do papel em 2011.

Por Albert Steinberger / Emerson Soares - ASSISTA VIDEO EM ANEXO, CLICANDO NO TÍTULO DESSE ARTIGO.

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