INSTANTE LITERÁRIO por Joel Pires
PESADELO
Sonhou com uma bolha. Uma membrana misteriosa que envolvia tudo: seu corpo, a cama, o quarto. A estranha película expandiu-se para além da casa, tomando a rua, o quarteirão, as quadras. Crianças nos parques, velhos nas praças, homens de negócio, mulheres da vida, todos foram engolidos pela insólita criatura. Catedrais, palácios e torres também. O Redentor, aos poucos, desapareceu. Paris, Nova Iorque e Tuvalu sumiram. O espesso véu cobriu serras, montanhas e cordilheiras. Sufocou a Amazônia. Alcançou os Polos. Avançou sobre a atmosfera. Nem o espaço escapou. O universo, enfim, submergiu.
(*) Especial para o blog do Jornal de Sobradinho
Sonhou com uma bolha. Uma membrana misteriosa que envolvia tudo: seu corpo, a cama, o quarto. A estranha película expandiu-se para além da casa, tomando a rua, o quarteirão, as quadras. Crianças nos parques, velhos nas praças, homens de negócio, mulheres da vida, todos foram engolidos pela insólita criatura. Catedrais, palácios e torres também. O Redentor, aos poucos, desapareceu. Paris, Nova Iorque e Tuvalu sumiram. O espesso véu cobriu serras, montanhas e cordilheiras. Sufocou a Amazônia. Alcançou os Polos. Avançou sobre a atmosfera. Nem o espaço escapou. O universo, enfim, submergiu.
(*) Especial para o blog do Jornal de Sobradinho
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