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EDUCAÇÃO: Deu no DFTV - Estudantes de Sobradinho abrem “cápsulas do tempo”


Esse domingo marcou o calendário: 10/10/10. Data mais do que esperada pelos alunos de uma escola de Sobradinho, que se reencontraram para relembrar os velhos tempos.
Foram dez anos de espera para um encontro pra lá de especial. Um grupo de jovens foram um dia colegas de sala de aula. E quando estavam na 8ª série, eles marcaram o compromisso de se encontrar no dia 10/10/10, às 10h. Objetivo: matar a saudade e desenterrar as “cápsulas do tempo”. Garrafas cheias de cartas que cada aluno escreveu lá atrás.

“Tem muito tempo que a gente não revias as pessoas. E depois de oito anos é um susto, um choque rever todo mundo. Mas é uma alegria, uma felicidade”, conta a estudante Flávia Santos

“Alguns tão com a mesma carinha de sempre. Já outros engordaram, emagreceram e até viraram pai”, fala a bibliotecária Carolina Fraga.

A ansiedade era visível. Todos acompanharam atentos quando as cápsulas foram retiradas. Nas cartas, lembranças de uma época. Alguns colocaram jornais, dinheiro, fotografias.

“Apesar de ser um espaço temporal pequeno, em dez anos dá para ver tanta modificação que pode ocorrer nesse intervalo de tempo”, comenta o professor de matemática em 2000, Luiz Eduardo.

Entre as cartas enterradas, os estudantes escreveram qual profissão gostariam de seguir. Agora é hora de saber se deu certo. “Coloquei que iria me forma em Jornalismo, e estou me formando este ano”, conta um rapaz.

“Coloquei na cápsula que iria fazer Medicina, mas estou cursando Engenharia Elétrica na UnB. É muito engraçado, a gente escreve umas coisas sem ter ideia”, comenta uma jovem.

Até a diretora ficou surpresa com a carta que havia escrito. E mais: pôde perceber o quanto a escola cresceu. “Mudou muita coisa nesses dez anos. Coloquei o nome de todos os funcionários da escola. Na época, tínhamos 40 servidores. Hoje, já temos 140. O que fizemos neste domingo é uma alegria, uma satisfação muito grande”, ressalta a diretora Marluce Borges.

Essa não foi a única mudança. Em dez anos, a vida desses jovens mudou mais do que o esperado. Alguns já se formaram e outros casaram, tiveram filhos. Histórias que naquele tempo era difícil de imaginar.

“É estranho, porque a gente viu o pessoal crescer e, agora, chegando aqui está todo mundo diferente. Cada um seguiu um rumo diferente na vida, mas é muito bom revê-los, encontrar os velhos amigos e saber que a amizade continua até hoje”, destaca a estudante Rebeca Daniele.

Por Leonardo Ribbeiro / Manoel Lenaldo - Foto Divulgação

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