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EDUCAÇÃO: Qualidade da rede pública de ensino é decisiva para baixo analfabetismo no DF


Marcelo e Lorena
No DF, 91,5% dos adolescentes, na faixa de 15 a 17 anos, estão na escola


Distrito Federal tem apenas 3,4% de não-alfabetizados com mais de 15 anos de idade, contra uma média nacional de 9,7%. Secretário de Educação, Marcelo Aguiar, diz que nível dos professores é um diferencial do DF

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, divulgada na quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trouxe uma notícia animadora para os brasilienses. De acordo com o estudo, a taxa de analfabetos com 15 ou mais anos de idade no Distrito Federal é de apenas 3,4%, contra uma média nacional de 9,7%. O índice só não é melhor que o do Amapá, que registra apenas 2,8% de analfabetos nesta faixa etária.

O secretário de Estado de Educação, Marcelo Aguiar, afirma que o Distrito Federal alcançou tais números por conta de investimentos em educação pública. Hoje, a rede de ensino do GDF tem capacidade para atender a quase 100% da demanda das crianças em idade escolar.

Segundo o secretário, as escolas do Distrito Federal contam atualmente com os profissionais mais qualificados do País, muito deles com mestrado, doutorado e pós-doutorado. Para Aguiar, o desafio atual da política educacional brasileira é garantir que os alunos aprendam, sem desperdiçar tempo com reprovações e sem abandonar a instituição educacional.

Empurrãozinho dos pais

No Brasil, entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a taxa de escolarização é de 85,2%, segundo a Pnad. No Distrito Federal, a situação é mais animadora: 91,7% dos jovens nesta faixa estão na escola. De acordo com o secretário Marcelo Aguiar, a família desempenha um papel muito importante para que os jovens prossigam estudando, mesmo após a conclusão do Ensino Médio. É o caso de Lorena Sidor, de 17 anos, oriunda da rede pública de ensino, que se prepara para prestar vestibular. “São os meus pais que estão me motivando a fazer esse cursinho”, afirma Lorena.

Além do estímulo familiar, diversos programas de bolsas de estudos também contribuem para a permanência dos jovens na escola. No Distrito Federal, por exemplo, o Bolsa Universitária beneficia atualmente 1,7 mil estudantes, com o pagamento integral das mensalidades do curso superior. “Muitas pessoas não têm condições de custear os estudos e se dedicam para conseguir uma bolsa”, comenta o estudante Marcelo Barreto, 17 anos. “Minha mãe conseguiu uma bolsa integral do GDF para cursar pedagogia”.

Para quem ainda não chegou ao curso superior, outras opções – como os constantes concursos públicos – são uma motivação extra para a sequência dos estudos. Luana de Freitas Batista, já se empenha para tentar conquistar espaço como servidora pública. “Estou estudando para concurso público”, diz a estudante, de 17 anos. “Vim de Padre Bernardo (GO) para estudar, pois aqui tenho mais oportunidades”.

Por Ana Maria Pena - Foto Brito

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