RECENTES

EDUCAÇÃO: Da horta direto para o prato dos alunos das escolas públicas de Sobradinho e outras satélites do DF





Alimentos frescos, direto da roça, reforçam a merenda escolar. Três associações de agricultura familiar fornecem hortaliças e frutas para 370 escolas da rede pública.

Desde a semana passada, parte da produção de uma chácara na área rural de Sobradinho vai para as escolas públicas da cidade. Couve, brócolis, tomate, cenoura e beterraba são alguns dos itens que enriquecer a merenda dos alunos e a renda do agricultor. O agricultor Francisco Albuquerque destaca que, com comprador garantido, o prejuízo é menor. “A mercadoria que a gente entrega lá já está entregue, não tem como voltar. Na feira, o que volta, a gente tem que dar para os bichos comer”, detalha.

Francisco e outros 44 agricultores da região de Sobradinho e da Fercal participam do programa do governo federal que paga pelos produtos 50% acima do preço de mercado. De acordo com Rogério Laguardia, da associação de agricultura familiar de Sobradinho, a previsão é de quase toda a produção seja destinada para as escolas. “A gente deve chegar, até outubro, com 70% da produção dos agricultores familiares de Sobradinho entregue para a merenda escolar”, adianta.

As hortaliças e frutas são entregues pré-lavadas; a mandioca é até descascada antes de chegar nas escolas. Produzidos na região, os alimentos chegam fresquinhos à cozinha e a merenda fica variada e muito mais saudável. “Não está sobrando nada. Eles [os alunos] repetem e não sobra nada”, comemora uma cozinheira.

Na escola que atende o Núcleo Rural Queima Lençol, perto de Sobradinho, a farofa de frango com brócolis virou um sucesso. A alface é novidade na merenda. Responsável pelo cardápio, a nutricionista Kelen Cristiane procura usar alimentos produzidos em cada região e de um jeito apetitoso. “A gente está colocando a vitamina de morango em algumas escolas de Brazlândia, Taguatinga e Ceilândia. E a goiaba como vitamina e também como sobremesa”, explica. Os alunos elogiam a novidade. “Eu não fico com fome”, afirma uma estudante.

Os produtores que quiserem participar do programa podem procurar um escritório da Emater, que também cuida do controle de qualidade dos alimentos.

(*)Por Renata Feldmann/Luiz Gonzaga Pinto/fotos Ilustração - divulgação

Nenhum comentário