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CULTURA: Comitiva visita o Pólo de Cinema e Vídeo Grande Otelo


Ideia é de aumentar a competitividade para produções audiovisuais

A comitiva que estuda a revitalização do Pólo de Cinema e Vídeo Grande Otelo, em Sobradinho, visitou ontem as instalações. A idéia é de aumentar a competitividade de Brasília para produções audiovisuais transnacionais, uma iniciativa do projeto Brasília Cinematográfica. O encontro contou com a presença da vice-governadora do Df, Ivelise Longhi, além de representantes das secretarias de Cultura, Turismo, Fazenda e Obras do GDF, do BRB, da Terracap, da Novacap, da Administração de Sobradinho e também de líderes do setor audiovisual e trade turístico.

Para Feranando Lemos, ex-Secretário de Cultura do DF, o Pólo ajudou a alavancar o cinema brasileiro, tendo uma importância histórica grande. “Quando foi criado, o cinema brasileiro tinha acabado. Só nos dois primeiros anos de sua existência, foram mais de 20 filmes produzidos”, cita.

O Secretário de Cultura do DF, Silvestre Gorgulho, cita o interesse de três cineastas em fazerem produções na região. Renato Russo será personagem dos três filmes. São eles: “Faroeste Caboblo”, de René Sampaio, “Somos tão Jovens”, de Antônio Carlos da Fontoura e um documentário de Vladimir Carvalho, intitulado Rock Brasília. “Você não pode falar de Brasília sem falar em cinema. E hoje, junto com a iniciativa privada, podemos fazer um projeto que terá gestão e continuidade”, frisa o secretário.

Conforme o Secretário de Turismo do DF, Delfim da Costa, o turismo do mundo inteiro foi atrás da causa do cinema, como Nova Zelândia e África do Sul., “Brasília pode abraçar essa causa também. Pode disponibilizar esse céu maravilhoso e essa luminosidade”, especifica.

Segundo o cineasta Vladimir de Carvalho, o rock é a cara de Brasília, desde o seu início, na época da ditadura militar. “Os cineastas não vieram aqui hoje pedir nada, vieram deixar. Esta é uma possibilidade que os filmes têm de deixar alguma coisa para Brasília. É emprego, é renda, tudo precisamos deixar”, ressalta o cineasta René Sampaio.

Assim com diz o cineasta Carlos Fontoura, Brasília é cinema. “Minha vontade era de fazer o filme todo aqui”, destaca.

De acordo com a vice-governadora Ivelise Longhi, a oportunidade surgiu em um momento difícil. “Mas, se temos vontade, fazemos. E Brasília surgiu assim. Isso mostra a garro do brasileiro quando quer fazer alguma coisa. Temos que saber agarrar essa oportunidade que nos é dada e tocar para frente”, afirma.

O Projeto Brasília Cinematográfica é realizado desde 2008 pelo Ministério do Turismo (MTur) em parceria com o Instituto Dharma, o Instituto Casa Brasil de Cultura, a Empresa Brasiliense de Turismo (Brasiliatur), a Secretaria de Cultura do Distrito Federal e o governo do Distrito Federal. Um dos principais resultados do projeto foi a criação Brasília Film Commission, entidade cuja meta é unir público e privado para atrair filmagens na região.

Por Emanuelle Coelho TB / foto: Gerdan Wesley / GDF

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