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CINEMA (Lançamento): Salt - Angelina Jolie contra o mundo


Uma das vantagens de terem acabado os anos 80 foi a diminuição de filmes norte-americanos de ação produzidos unicamente para acirrar ainda mais os ânimos da Guerra Fria. Na era Ronald Reagan, russos, norte-coreanos, etc, eram representados como frias máquinas de matar, enquanto os americanos, com pleno domínio do kung fu, defendiam a todo custo o mundo livre.

Em Salt, que estreia no Brasil nesta sexta-feira (30), a antiga rivalidade é reavivada, porém em vez de defender a democracia, a protagonista de Angelina Jolie não tem princípios definidos. Se em Lara Croft ela tenta salvar o mundo, aqui seus objetivos não ficam claros em nenhum momento. Evelyn Salt é uma incógnita do início ao fim. Porém, no roteiro caótico assinado por Kurt Wimmer (Thomas Crown – a Arte do Crime), o mistério criado em volta da personagem é só mais um dos elementos que não fazem o menor sentido na trama mal amarrada.

A história gira em torno de uma conspiração arquitetada pelos russos – que voltam a ser os vilões após mais de 20 anos – , que treinam espiões para se infiltrarem nos Estados Unidos como se fossem verdadeiros americanos. Quando um desertor russo revela em interrogatório que Salt, agente da CIA, é uma dessas espiãs, seus colegas se põem a caçá-la na tentativa de revelar sua verdadeira identidade. O problema é que Salt é altamente treinada em todo tipo de técnica de combate. Ela humilha os incompetentes agentes da CIA, rendendo cenas frenéticas de tiroteio e luta corpo a corpo.

A trama é totalmente gratuita e tentar acompanhá-la só resulta em frustração. Não há motivação que justifique nada do que acontece na tela. No entanto, Jolie parece estar em seu elemento. Sua presença não salva o filme do desastre, porém é inegável o talento da atriz para o papel de cruel sedutora, com queda para armas de fogo.

Por Anna Beatriz Lisbôa/ Foto: Divulgação - Veja Trailer (Legendado) Clicando no título dessa nota

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