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Deu no DFTV - Moradores da Fercal protestam contra cobrança do serviço de água


Em alguns pontos da região, moradores reclamam do valor da cobrança. Já em outros pontos, a rede existe e a conta chega às residências, mas a água não.
Em abril, Carlos Alexandre recebeu a primeira conta após as instalações dos hidrômetros da Caesb. Ele mora no Alto da Bela Vista, na Fercal. Mas, quando chegou a conta de maio, ficou surpreso. O valor saltou de R$ 40 para R$ 300. “O valor é muito alto para quem ganha um salário mínimo”, reclama o vigilante Carlos Alexandre Xavier.

Surpresa maior teve Tatiane. A conta do restaurante que ela trabalha chegou a R$ 2 mil. “A última conta que nós pagamos foi de R$ 100. Não tem condições de um mês pro outro gastar R$ 2 mil, sendo que da primeira vez veio R$ 100, que é a base normal de um restaurante de pequeno porte”, diz a gerente de restaurante Tatiane Sunie.

No Bananal o problema é outro. Os moradores recebem a conta, mas não a água. “A conta vem todo mês. Só que a nossa rua todinha está sem água”, fala a comerciante Pani Moreira.

A associação dos moradores reclama que quando a água chega, não vem tratada. Pelo menos 600 famílias da Fercal passam por esse problema. “Não temos água doce. Continuamos tendo água do poço, água pesada de calcário e de ferro. Quando eles ligam a bomba do poço, o que vai nos canos é o ar”, reclama Linda Nascimento, da associação de moradores.

Revoltados, os moradores se encontraram para manifestar contra a cobrança da Caesb. “Essa água aqui não é doce. É salgada”, diz a cabeleireira Eva Moreira. “Eu paguei R$ 60 no mês passado e achei caro demais. Aí consertamos os vazamentos que tinha e agora veio R$ 162,77. Não tem condição”, reclama a dona de casa Conceição Souza.
“Registre a reclamação que a gente vai analisar caso a caso”, orienta o chefe do escritório da Caesb Michel Lobão.

Apenas a Caesb tem autorização para retirar e distribuir a água, que na Fercal vem de um poço artesiano e de um rio.


(*)Por Marina Costa / Luís Rodney

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