EMPREENDEDORISMO - A nova geração afrente das grandes empresas de Sobradinho

(*) Na foto o Empresário sobradinhense Júlio Cezar

Ainda em comemoração ao cinquentenário da cidade serrana, o Jornal de Sobradinho optou em participar, oferecendo uma série de entrevistas com personalidades ligadas a nossa região administrativa. Nessa segunda quinzena, estamos trazendo alguns nomes de pessoas que ajudam no desenvolvimento empresarial, gerando emprego, renda e cuidando de forma sustentável na preservação de áreas da nossa região norte de Brasília.

O Jornal de Sobradinho convidou o empresário Julio Cezar – sócio-proprietário da Casa Bandeirante localizada na BR020 (saída p/ Planaltina) para falar de como é morar e trabalhar na cidade em que seus pais e avós se estabeleceram. Nesse bate-papo com o Júlio Cezar, alguns tópicos foram prontamente respondidos. Confira:

JS - Quais suas lembranças e o que é morar e trabalhar em Sobradinho?

JC - Tenho boas lembranças de minha infância vivida em Sobradinho. Era uma época muito tranquila da cidade, em que as crianças podiam brincar nas ruas sem grandes preocupações para os pais. Hoje, apesar do aumento da população e da violência, ainda considero essa cidade um ótimo lugar para viver e trabalhar. Ainda temos a sensação de paz e de cidade tranquila, especialmente por ser bastante arborizada.

JS - Em sua opinião, o que falta efetivamente para Sobradinho?

JC - Falta organização no crescimento da cidade. Os serviços públicos não conseguem atender a demanda crescente da população, especialmente no tocante à segurança pública. Os serviços de saúde também deixam a desejar inclusive os prestados pela rede privada, haja vista que não há sequer um hospital particular na cidade (para emergências, por exemplo) e as clínicas existentes são insuficientes.

JS - Sobradinho abrange uma área muito extensa de condomínios horizontais, o que você acredita que pode ser feito para regularização dessas áreas e qual sua maior dificuldade enquanto empresário para atender a demanda dessa região?

JC - Acredito que a primeira coisa que deve ser feita é evitar o surgimento de novas áreas irregulares, para não deixar que o problema perdure durante o passar dos anos. Quanto aos já existentes, entendo que a regularização deve ser feita dentro das normas legais, com regras justas e iguais para todos, sem favorecimentos a ninguém. Sentimos um pouco de dificuldade em atender essas áreas, porque muitas vezes é difícil localizar os endereços para a entrega de produtos nas residências de nossos clientes. Mas com persistência acabamos conseguindo atingir o nosso fim e agradar os clientes.

JS - Dentre as áreas industriais e comerciais de Sobradinho e suas adjacências, qual merece atenção especial das autoridades?

JC - Acredito que o Setor de Expansão Econômica de Sobradinho e o Setor de Grandes Áreas merecem ser vista com bastante atenção pelas autoridades locais, pois é um local em grande desenvolvimento que ainda não possui a infra-estrutura desejada, além de ser conhecidamente alvo de criminosos. Dessa forma, é muito importante que haja investimentos nessas localidades, especialmente com relação à segurança.

JS - Quais dificuldades que você como gerador de empregos encontra para contratar funcionários e obter qualidade na mão de obra?

JC - Infelizmente, temos dificuldades para encontrar mão de obra qualificada na cidade. Muitas vezes, até os conhecimentos mais básicos faltam aos candidatos a vagas de emprego. Por isso, procuramos investir na motivação e no treinamento dos nossos funcionários.

JS - O que você gostaria de dizer a comunidade nesses 50 anos de Sobradinho?

JC - Apesar de todos os problemas que enfrentamos no dia-a-dia, considero Sobradinho um excelente lugar para viver e trabalhar. Se cuidarmos com carinho da nossa cidade, buscando exercer a nossa cidadania e exigindo a prestação dos serviços públicos de nossas autoridades, os nossos filhos poderão ter o mesmo sentimento pela cidade que os nossos pais tiveram e que nós temos hoje.

Parabéns, Sobradinho, pelo seu cinquentenário. Um grande abraço a todos os moradores dessa cidade tão querida.

(*) Por Júnior Nobre / foto divulgação