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Secretaria de Educação do Distrito Federal orienta escolas públicas sobre o uso das "pulseirinhas do sexo"



As instituições de ensino da rede pública do Distrito Federal devem tratar a questão das chamadas “pulseirinhas do sexo” no âmbito pedagógico. A orientação é da secretária de Educação, Eunice Santos, e consta da Circular nº 32/2010, distribuída nesta sexta-feira aos diretores regionais de ensino.

Eunice Santos considera que não cabe à SEDF proibir ou coibir o uso do acessório, interferindo diretamente na liberdade de estudantes e familiares. Para ela, qualquer atitude neste sentido deve ser discutida pelas famílias.

Entretanto, o tema não é ignorado pela educação pública do DF. Por tratar-se de uma questão que envolve a integridade física e emocional de crianças, adolescentes e jovens, é preciso que as escolas abordem o tema transversalmente ou por meio de ações específicas, sempre buscando o diálogo e o esclarecimento.

Eunice Santos destaca que as ações precisam ser coletivas, envolvendo professores, estudantes, familiares, equipes de apoio à aprendizagem e demais atores da comunidade escolar.

Memória

Em fevereiro deste ano, as pulseirinhas do sexo foram um dos temas da Operação Volta às Aulas, realizada pelo Batalhão Escolar da Polícia Militar, em parceria com as redes pública e privada de ensino, no sentido de esclarecer a comunidade escolar e de prevenir eventuais casos de violência sexual.

Muitos estudantes que exibem o acessório, pais, professores e diretores de escola ainda não tinham conhecimento do real significado das pulseirinhas. Na ocasião, o Batalhão Escolar já alertava para as possíveis consequências, entre elas, a violência sexual, como os casos ocorridos entre março e abril nas cidades de Londrina (PR) e Manaus (AM).

Confeccionadas em silicone, as pulseirinhas ão usadas por jovens, adolescentes e até crianças, para indicar que tipo de prática de cunho sexual eles se propõem a realizar. Os assessórios são vendidos em lojas, bancas de ambulantes e pela internet, principalmente nas grandes cidades.

A moda surgiu na Inglaterra e se espalhou pelo mundo ocidental. Ao arrebentar a pulseira de determinada cor, seu portador é obrigado a se submeter ao ato correspondente àquela cor.

A pulseira amarela é o código para “abraçar”, a rosa para “mostrar o peito”, a laranja para “morder com carinho”, a roxa para “beijar com a língua”, a vermelha para “fazer dança erótica”, a verde para “chupar o pescoço”, a azul significa que “a menina faz sexo oral”, a rosa-claro que “o menino faz sexo oral”, a preta é “para fazer sexo”, a dourada para “todos os itens” e a branca quer dizer “que a menina decide o que fazer”.

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