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Comédia ou Tragédia?


(*)Coluna do Jornal de Sobradinho - Pensador S/A - por Sandson Azevedo

Em março comemoramos o Dia Mundial do Teatro, criado em 1961, pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), data da inauguração do Teatro das Nações, em Paris. Há muitos anos atrás os Gregos transformaram as encenações em arte.
A representação desde o início da civilização sempre existiu, antes da língua era utilizada como forma de relatar os acontecimentos, as caçadas e posteriormente homenagem aos Deuses.

As homenagens aos Deuses, muitas vezes eram sacrificados animais como oferendas, surgindo assim os primeiros indícios da tragédia. Os gregos passaram a difundir sua cultura, idéias e mitos em espaços próprios.

Os filósofos angustiados em sua eterna luta pelas respostas,foram grandes escritores de tragédia, retratando o sofrimento e angústia da época.

Inicialmente somente os homens podiam representar o que fez que se confeccionassem máscaras para interpretar papéis femininos, ou seja, a outra face. Posteriormente, surge o gênero cômico, como contraponto aos excessos, uma forma hilária de relatar a mesma realidade.

Nos dias de hoje vivemos em um enorme teatro a céu aberto, com diversos personagens encenando nos principais palcos políticos. Imbuídos de fazer com que o público se entretenha com a comédia política existente, utilizando diversas máscaras para esconder o verdadeiro rosto do ator.

A tragédia se instala assim que as cortinas baixam nos remetendo a nossa triste realidade que vivemos. A classe política está totalmente desacreditada e muitos saem por aí dizendo que o melhor é anular o voto, se assim o fizermos somente estaremos saindo de cena, deixando de exercer nossa cidadania. Cabe a nós cidadãos estudarmos, analisarmos e escolhermos o melhor elenco para atuar em nossos palcos. Eu penso assim e você?

(*) Fale conosco: pensadorSA@gmail.com
Sandson Azevedo é Mestre em Ciência Política: com ênfase em Cidadania, Direitos Humanos e Violência; Administrador; Professor Universitário.

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