RECENTES

Utilidade Pública: Emagrecer com saúde

Um comprimido aqui e outro ali e a vontade de devorar uma barra de chocolate some como uma mágica. Antes de apostar nessas pílulas tidas como milagrosas, é importante saber os riscos que se corre.

Emagrecer é difícil, ninguém nega. O problema é que o uso de medicamentos talvez não seja o melhor caminho. Muitas pessoas tomam medicamentos que prometem emagrecimento milagroso sem pensar nas consequências. A decisão sobre usar ou não um remédio para emagrecer deve ser tomada sempre por um médico, baseando-se na avaliação dos benefícios e dos riscos envolvidos para o paciente.

É comum notar que, atualmente, muitas pessoas que procuram um médico para emagrecer estão dentro da faixa de peso considerada normal. Nestes casos, em que o problema se resume à estética, questiona-se a conveniência de usar remédios. Apesar de contarmos hoje com opções de medicamentos muito mais seguros, não existem remédios que não apresentem riscos.

Em qualquer caso, seja o uso de remédios, dietas ou atividades fisicas, o que não pode ser deixado de lado é a preocupação com a saúde e o bem estar. De acordo o diretor de Esportes da Unique, Marco Paulo, existe a finalidade do uso de medicamentos, indicados por profissionais do ramo, para àquelas pessoas que apresentam algum tipo de dificuldade para emagrecer. Contudo, hoje há um uso indiscriminado destas medicações. "As pessoas se preocupam muito com a estética e deixam a qualidade de vida e a própria saúde de lado. Acreditam que o uso de remédios é a fórmula com melhor custo/beneficio para se chegar ao peso ideal", identifica.

Para a nutricionista, Simone Rocha, a maioria das pessoas que procuram remédios para emagrecer tem e mantém uma alimentação desregrada, não faz atividades físicas e não procura uma reeducação alimentar. "Estas medicações sem uma orientação nutricional conjunta fazem com que a pessoa perca qualidade de vida, além de desestabilizar a saúde. É preciso notar que não há remédios milagrosos", salienta Simone. Segundo ela, os inibidores de apetite podem até proporcionar um resultado rápido, mas a facilidade de engordar novamente é maior ainda, levando ao famoso efeito ioiô.

Além da atividade física regular, a nutricionista indica o uso de fitoterápicos e alimentos funcionais, como o chá verde, que desintoxica o organismo, acelera o metabolismo e auxilia a perda de peso.

As diretrizes recomendadas pelas principais entidades de obesidade são unânimes em recomendar o uso de remédios para pacientes com um Indice de Massa Corporal (IMC) maior que 30 kg/m2 ou 25 kg/m2 com alguma doença associada, como diabetes, hipertensão ou colesterol alto. Em situações especiais, deve haver uma análise médica. Contudo, Juliana argumenta que a maioria dos pacientes com sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9) consegue emagrecer e diminuir o colesterol e a pressão arterial sem a utilização de medicamentos, a partir da prática de exercícios físicos regulares e da reeducação alimentar.

O uso de inibidores de apetite, estimulantes de saciedade e inibidores de absorção de gorduras, quando não associado a uma dieta, podem causar riscos à saúde. Essas drogas, além de tirarem o apetite, dão uma sensação de euforia e bem-estar, fazendo muitas vezes com que o paciente não queira deixar de usá-los para se manterem nesse estado. Com o passar do tempo, a dose não é suficiente, havendo a necessidade de aumentá-la.

Nenhum comentário