LUOS - LEI de USO e OCUPAÇÃO do SOLO
COMÉRCIO ESPERA QUE LEI DE USO DO SOLO CONTEMPLE SIMPLIFICAÇÃO,
SEGURANÇA JURÍDICA E VISÃO DE FUTURO
(*) Fabíola Souza
Consultas públicas
estão sendo realizadas nas cidades do Distrito Federal para debater a minuta do
projeto da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). Aproveitando a
oportunidade, o Jornal de Brasília organizou a sexta edição do
programa Visão Capital, nesta quinta-feira (6), e convidou representantes
do Executivo, Legislativo e do setor produtivo para debater a Luos e os efeitos
da nova legislação sobre o DF. A Luos é a lei que define usos e índices do
território para controle urbanístico. No dia 15 de julho, será realizada a
última consulta pública no DF. A intenção do governo do Distrito Federal é
encaminhar a nova Luos até a primeira quinzena de agosto para a Câmara Legislativa
e tentar que o texto seja votado até o final deste ano.
Presente no debate, o governador do DF, Rodrigo
Rollemberg, apontou a importância do projeto para garantir o crescimento
ordenado na cidade com qualidade de vida. “Do ponto de vista da legislação, eu
entendo que uma contribuição muito grande que o nosso governo dará através da
Secretária de Habitação é a melhoria do arcabouço legal, um arcabouço muito
antigo, muito confuso que gerava muitas interpretações e nós estamos investindo
bastante na melhoria desse arcabouço na Luos”, apontou. O secretário
de Estado de Gestão do Território e Habitação, Thiago de Andrade, explicou que
a nova Luos simplifica e sistematiza a normatização, dá celeridade no
licenciamento, traz clareza dos parâmetros urbanísticos, estabelece isonomia
dos critérios e facilita a fiscalização. “No texto da lei haverá a mudança de
aproximadamente 400 normas urbanísticas, seis planos diretores locais e
aproximadamente 350 mil lotes”, afirmou o secretário. A macrozona rural, a
macrozona de proteção integral, o conjunto urbano tombado de Brasília e as
áreas de regularização fundiária não fazem parte da Luos.
Visão do Comércio
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, foi
um dos convidados a debater o assunto. Adelmir ressaltou que o futuro deve ser
levado em conta pelos técnicos na confecção da Luos. “Não se prendam as coisas
de hoje, sempre estejam baseados no futuro”, ressaltou. Para ele, a nova Lei
deve ser simplificada para que haja segurança jurídica para os investidores. “O
DF é indivisível, não tem municípios, então a legislação deve ser única e não
pode ser conflitante. É necessário dar celeridade nas discussões do processo
para haver estabilidade e segurança jurídica”, disse o presidente.
Para ele, Brasília foi uma cidade projetada e não
planejada. Adelmir exemplificou que os setores destinados a Rádio e TV, por
exemplo, tem muitas empresas e poucas são de comunicação. “O SIA é o Setor de
Industria Gráfica, porém quase não tem gráficas lá. Tem cidade no DF que não
tem nem registro de nascimento. Faço um apelo aos técnicos para terem uma visão
de futuro, não um futuro daqui três anos, mas daqui 30 anos”, completou
Adelmir. Segundo ele, a Fecomércio participa dos debates e aguarda que as leis
não sejam conflituosas e não prejudiquem os empresários que já sofrem com as
dificuldades em abrir empresas, conseguir licenças, entre outras. Adelmir
espera que o texto que será encaminhado para a Câmara Legislativa seja
amplamente discutido pela sociedade para que não haja conflitos e assim tenha celeridade
na aprovação, que segundo ele, já está atrasada.
Participantes
A mesa diretora foi composta pelo Presidente da Câmara Legislativa do
Distrito Federal, Joe Valle; o especialista em desenvolvimento urbano, José
Paranhos; o empresário, diretor presidente do Jornal de Brasília, Marcos
Pereira Lombardi; o presidente da Associação das Empresas do Mercado
Imobiliário do DF (ADEMI-DF), Paulo Muniz; e o Governador do Distrito Federal,
Rodrigo Rollemberg. Já a mesa técnica foi composta pelos painelistas e
debatedores: o – Secretário de Estado de Gestão do Território e Habitação,
Thiago de Andrade; presidente do Sistema Fecomércio-DF, Adelmir Santana; o
Arquiteto formado, pós-graduado e mestre pela Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da USP, foi professor da PUCCamp e USP e é autor do livro Criando
Paisagens, Benedito Abbud; o arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da USP, artista plástico, membro do Conselho da Associação Brasileira
de Escritórios de Arquitetura (ASBEA) e Conselheiro do Museu de Arte Moderna
(MASP), em São Paulo, Edo Rocha; a professora Doutora da Pós Graduação da UnB
em Planejamento Urbano, Maria do Carmo Bezerra; a Advogada, Procuradora do
Distrito Federal aposentada. Doutora em Direito pela UERJ, especialista em
Direito Urbanístico e Ambiental, Vera Amorelli. A apresentação e moderação ficou
por conta do jornalista Estevão Damázio e o advogado especialista em Direito
Urbanístico, cursou mestrado em Direito Urbanístico pela PUC/SP, Mateus
Oliveira.
(*) Por Fabíola
Souza - Publicado 6 de julho de 2017 em Boletim
Fecomércio EMA, Notícias – (61) 3038-7500 - revista@fecomerciodf.com.br
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