ARTIGO
O CASTIGO DE ZEUS
(*) Henrique Matthiesen
O rei divino da mitologia grega, o
deus dos deuses, Zeus, o dono do OlÃmpio, filho mais jovem do casal de titãs
Cronos e Rea, era considerado também o deus do céu e do trovão. Concebido nas
aquarelas e esculturas num trono ou em pé, ao lado de um raio, carvalho, touro
ou águia, que o simbolizavam o poder (rapidez, força, energia, comando)
predicados ao deus.
Inúmeras são as histórias e fabulas mitológicas
que retratam Zeus e seu poder.
Dentre fábulas, narrativas, contos e
lendas, a sabedoria ensina uma antiga lição mitológica.
Zeus destacou Pandora para punir
Prometeu que tinha roubado o fogo para oferecer a vida aos seres humanos.
Tendo, por isso, contrariado os desÃgnios dos Deuses, foi execrado a suportar todos
os infortúnios mais bárbaros até que Zeus, tomando de clemência, decidiu fechar
a caixa de Pandora, quando no seu interior só restava a derradeira, porém mais
terrÃvel das maldições. A humanidade foi
assim preservada do pior dos males, o mais invisÃvel e o mais sedicioso, a
perda da esperança.
A perspectiva de que algo desejado
irá acontecer tem uma correlação com a fé que não tem automaticamente uma
correspondência com religião. Ela é vital para a humanidade transformando-se em
esperança.
O grande escritor espanhol, Miguel de
Unamuno, diz algo que nos traz uma reflexão: “Fé não é crer no que nãos vimos,
mas é criar o que não vemos. Isso é a capacidade de elaborar, de construir, de
edificar, aquilo que parecia ausente, ou até, inexistente em nossas
existências”.
A história da humanidade é a
reafirmação ininterrupta da esperança, da fé, da construção de utopias, de
sonhos.
Esperança como verbo e não como
substantivo, visto que a esperança tem que ser ativa, propositiva, impositiva.
Esperançar é ir atrás e lutar. É modificar
incisivamente a realidade em que coexistimos.
O extermÃnio da esperança é um ato
suicida para humanidade, porque sem esperança é ser desesperançoso em uma visão
negativa dentre cada contexto que mortifica a auto-estima num processo
solitário, depressivo, num mundo de Pandora.
(*) Por Henrique Matthiesen (foto) - Bacharel em Direito ,
Escritor, cronista e colaborador do Jornal de Sobradinho.
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