JUSTIÇA: 58 anos de prisão para assassinos de PM
Em tempos de
discussão sobre impunidade, chama a atenção a condenação, sem demora, dos
assassinos do sargento Antônio Marcos de Araújo, da Polícia Militar do DF. Ele
tinha 46 anos e estava lotado no Batalhão Escolar.
O policial
morreu em abril de 2015, quando dois criminosos invadiram a casa dele em
Sobradinho e ameaçaram sequestrar a filha, de sete anos. A mulher dele e a
cunhada também foram atingidas com disparos, mas sobreviveram.
Foi uma
comoção na corporação. No enterro, o helicóptero da PM jogou rosas brancas.
Depois de uma investigação da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF),
com interceptações telefônicas, depoimentos, acareações e escutas ambientais,
saiu a sentença do juiz Osvaldo Tovani: 58 anos e quatro meses de prisão, em
regime fechado.
Crime cruel
Na sentença,
o juiz Osvaldo Tovani, da Vara Criminal de Sobradinho, apontou a crueldade do
crime. O sargento Antônio Marcos de Araújo morreu com um tiro na cabeça, quando
reagiu ao assalto. “Minha filha, não. Eu dou qualquer coisa, mas minha filha,
não”, disse o policial, quando os criminosos quiseram levar a menina.
A
investigação da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) revelou a
existência de uma quadrilha envolvida no crime, inclusive com a participação de
detentos do CPP (Centro de Progressão Penitenciária).
A sentença,
a que a coluna teve acesso com exclusividade, está em segredo de justiça
Por Ana Maria Campos- Da Coluna Eixo Capital
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