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Defesa Civil encerra trabalhos em áreas atingidas por temporais na Vila Basevi e na Fercal




Moradores começam a reparar os estragos com ajuda de administrações regionais, empresas públicas, doações e muita solidariedade

(*) Ádamo Araujo


As telhas quebradas e os restos de madeiras ainda estão por quase todas as ruas da Vila Basevi, em Sobradinho, bem como na Fercal. Porém, os moradores tentam aos poucos refazer a vida normal. Muitos iniciaram a reconstrução de suas casas, seja com o material arrecadado, seja por conta própria.

A Defesa Civil começou a desmobilização no sábado (10), encerrando as atividades nas áreas castigadas pelo temporal de terça-feira (6). O anúncio oficial foi feito após reunião na tarde desta quarta-feira (14), na Subsecretaria de Defesa Civil, para avaliação das ações.

“Na sexta-feira (9) à tarde, percebemos que as pessoas começaram a voltar para casa”, disse o subsecretário de Proteção e Defesa Civil da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, coronel do Corpo de Bombeiros Militar Sérgio José Bezerra. Ele contabiliza que 104 residências sofreram algum tipo de avaria, das quais, cerca de 50 receberam atenção maior do órgão por apresentarem problemas como rachaduras ou comprometimento da estrutura.

O aposentado João Alves Silveira, de 68 anos, passou dois dias na casa de vizinhos e desde o início da semana reconstrói o telhado da casa, onde funciona um bar e um restaurante — com a ajuda do pedreiro Wesley Ferreira.

Silveira não se esquece dos momentos de tensão: “Eram umas 19 horas, quando a chuva começou a arrancar as telhas, então, fomos sete pessoas para o banheiro, o único local com laje”. O aposentado teve apoio da Defesa Civil para avaliar as condições da residência, mas descartou o recebimento de telhas ou cestas básicas: “Existem pessoas que precisam ainda mais que nós”.

Para a secretária Cristiane Macedo, 30, que ergueu um segundo andar sobre a casa dos pais, o prejuízo é calculado em cerca de R$ 6 mil. “Geladeira, computador, cama e estante não têm mais condições de uso”, lamenta. “O jeito é trabalhar e buscar um recomeço.”

Serviços públicos

O posto de saúde instalado no centro comunitário da Vila Basevi está interditado e ainda sem previsão de abertura. Na Fercal, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) foi bastante afetado pelo temporal, mas os servidores voltaram ao trabalho. Com a paralisação, o atendimento está reduzido.

Desde a semana passada, as administrações regionais de Sobradinho e Sobradinho II, com o apoio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), retiraram cerca de 64 toneladas de entulho da Fercal. Na Vila Basevi, mais de cem toneladas de telhas, ferros retorcidos e restos de construção foram removidos.

Na segunda-feira (12), a Novacap terminou os reparos na Escola Classe da Vila Basevi. A unidade de ensino volta a funcionar no dia 19, segunda-feira. No local, 15 funcionários, entre pedreiros, carpinteiros e eletricistas, limparam a área, recolocaram telhas e recuperaram a fiação elétrica, além de reconstruir parte do esgoto.

Colchões e telhas

Com o apoio da comunidade e da iniciativa privada foram arrecadados e entregues 57 colchões, 10 caixas d’água, 1.234 telhas para 60 famílias, 100 vigas de madeira, três camas, um forno de micro-ondas, roupas, calçados e alimentos.

Responsável por coordenar a distribuição, a Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social priorizou o atendimento às pessoas mais afetadas pelo temporal. 493 famílias preencheram o cadastro social para identificar a necessidade de cada uma. Treze delas receberam auxílios-vulnerabilidade, no valor de R$ 408. Além disso, foram entregues 352 cestas emergenciais. Ninguém foi encaminhado para unidade de acolhimento, uma vez que optaram por ficar em suas próprias casas ou seguiram para lares de vizinhos ou familiares.

A pasta criou uma força-tarefa da Unidade de Assistência Social 24 horas. A equipe de abordagem contou com servidores do Cras, do Centro Especializado de Assistência Social e da Subsecretaria de Segurança Alimentar. De acordo com a secretaria, as famílias que ainda precisarem de ajuda devem procurar o Cras mais próximo.










(*) Por Ádamo Araujo, Fotos: Tony Winston/Agência Brasília

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