SAÚDE: Incontinência urinária atinge 25,1% da população idosa do DF
Perda de
urina involuntária pode ter causa em outras doenças
A incontinência urinária, que é a perda involuntária da urina, é
uma queixa recorrente da população idosa. Segundo dados de 2014 coletados no
Distrito Federal pela Secretaria de Saúde, 25,1% das pessoas acima de 60 anos
alegam sofrer com o problema e, nas regionais de Ceilândia e Samambaia, o
número chega a 40%. A chefe do Núcleo de Saúde do Idoso do órgão, Thaís Garcia,
alerta que se há um quadro de perda de urina é porque algo está errado e deve
ser corrigido.
“A
incontinência urinária pode ser originada por danos neurológicos, alterações na
cognição, aumento da próstata, infecções, fraqueza da musculatura da região
pélvica, dificuldade de chegar ao banheiro por imobilidade e falta de destreza
manual ou até pelo uso de medicamentos”, enumerou a chefe do núcleo. Segundo
ela, o quanto antes se procura ajuda, mais fácil será de solucionar o problema.
TRATAMENTO -
Thaís explica que nas incontinências urinárias causadas por infecções urinárias,
medicamentos e aumento da próstata, a causa pode ser tratada com orientação
médica e, assim, é cessada a perda involuntária de urina. Já para evitar ou
tratar o enfraquecimento da musculatura da região pélvica, é muito importante a
prática de exercícios, que reforcem a musculatura.
“Com a
bexiga vazia, a pessoa pode contrair a musculatura pélvica, como se estivesse
segurando o xixi, manter e contar até cinco. É necessário repetir essa
atividade 10 vezes, pelo menos, duas vezes ao dia”, indicou a chefe, ao lembrar
que outros profissionais como enfermeiros, fisioterapeutas e educadores físicos
também podem auxiliar com orientações sobre outras atividades que melhorem o
quadro.
PROCURE UM
PROFISSIONAL - Embora alguns exercícios possam ser realizados para evitar ou
tratar a queixa, a profissional enfatiza que quem já tem esse problema deve
procurar um médico para fazer o diagnóstico adequado do paciente, já que podem
haver complicações se a origem do problema não for tratada.
“Quem tem
incontinência urinária também pode sofrer com o isolamento social. As pessoas
começam a não ir para casa de amigos ou fazer viagens, com medo de perder a
urina. Isso também interfere na auto imagem e na sexualidade”, disse.
Thais também
informou que não se pode ceder facilmente ao uso de fraldas. "Se a pessoa
está com uma pequena incontinência e começa a usar fraldas ela não se força a
usar a musculatura para segurar a urina, assim ela acaba ficando mais
enfraquecida, piorando a incontinência”, finalizou Thaís.
ENTENDA - O
envelhecimento provoca alterações no aparelho urinário masculino e feminino. A
pressão de fechamento da uretra diminuiu, a bexiga se contrai com menos força
na hora de expulsar a urina, favorecendo um resíduo de urina na bexiga mesmo
após a micção. Pode ocorrer o aumento de pequenas contrações na bexiga. Tudo
isso faz com que a pessoa idosa consiga segurar menos a urina e precise ir ao
banheiro com mais frequência.
Fonte: Secretaria
de Estado de Saúde do DF
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