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Cinco estádios passarão por vistoria de segurança




Arenas esportivas de Brazlândia, Ceilândia, Samambaia, Sobradinho e Taguatinga precisam de laudos técnicos para receber jogos da Segunda Divisão do DF




Estádio Augustinho Lima, em Sobradinho


A Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil faz parte da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social

Cinco dos dez estádios de futebol de Brasília que estão interditados para o público passarão por novas vistorias técnicas. O objetivo é averiguar se as irregularidades foram sanadas e se houve implementação das medidas de segurança previstas no Estatuto do Torcedor. Os locais estão fechados desde agosto do ano passado, por força de ação civil pública movida pelo Ministério Público contra a Federação Brasiliense de Futebol e o Distrito Federal.

A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar vão verificar quais praças desportivas reúnem condições de promover os jogos da Segunda Divisão do Campeonato Brasiliense, prevista para começar no dia 26 (sábado).

Um grupo de trabalho orientado pelo vice-governador Renato Santana elaborou o cronograma de inspeções. De segunda (21) a quinta-feira (24), as equipes visitarão, na seguinte ordem, o Augustinho Lima, em Sobradinho; o Elmo Serejo Farias (Serejão), em Taguatinga; o Maria de Lourdes Abadia (Abadião), em Ceilândia; a Chapadinha, em Brazlândia; e o Joaquim Domingos Roriz (Rorizão), em Samambaia.

Instalações

De acordo com a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social, serão verificadas, principalmente, as questões estruturais das edificações, as instalações elétricas e outros aspectos que possam gerar riscos aos espectadores e aos demais participantes dos confrontos.

Em parceria com o Corpo de Bombeiros, será inspecionada a existência de medidas contra incêndios e pânico. Já o Batalhão de Policiamento de Choque da PM vai checar questões relacionadas à segurança das pessoas, pontos de risco de conflito, aglomerações e acessos em caso de emergências e de atendimento de ocorrências. Ao fim da ação, o estádio poderá ser aprovado ou receber uma notificação com prazo determinado para o cumprimento de possíveis exigências.

A subsecretaria lembra que já houve uma pré-vistoria, na qual foram identificadas as pendências de cada lugar. As próprias administrações regionais têm executado os ajustes, em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), a iniciativa privada e a comunidade local. Dessa forma, as intervenções não acarretam custos extras para os órgãos envolvidos.

Propostas

Na quarta-feira (16), o grupo de trabalho que estuda a reabertura desses estádios se encontrou pela terceira vez. Sob o comando do vice-governador Renato Santana, a equipe se reuniu com os administradores das cinco regiões onde ficam os campos e com representantes de 23 clubes de futebol do Distrito Federal para discutir a melhoria das arenas.

Entre as propostas, Santana orientou dirigentes e representantes regionais a buscarem incentivo e apoio de empresários locais. O vice-governador distribuiu cópias do Decreto nº 36.554, de 17 de junho de 2015, que estabelece regras sobre concessões e permissões para parcerias público-privadas. "Tanto no caso dos times como dos estádios, precisamos mostrar aos empresários que o esporte é um espaço interessante para investimento", afirmou Renato Santana.

Também participaram da reunião representantes dos órgãos de segurança pública, da Novacap, da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), da Companhia Energética de Brasília (CEB) e da Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb).

Obras

Desde que foram fechados, os estádios receberam obras de readequação. No Augustinho Lima, por exemplo, houve a recuperação do gramado, colocação de areia na zona de atletismo, reparos em banheiros e pavimentação do acesso ao estádio.

O Abadião passou por terraplanagem. Pedras e restos de materiais de construção foram retirados, pois poderiam servir de armas em eventuais conflitos. Pequenos reparos nos alambrados estão em fase final. Já a Chapadinha precisou de limpeza nas áreas interna e externa, poda de árvores, pintura na saída de emergência e aquisição de extintores, feita com o apoio financeiro de comerciantes locais.

Em Taguatinga, o Serejão teve revisão na instalação elétrica, troca de encanamento, poda de árvores, limpeza externa e reforma dos alambrados. O Rorizão contou com reparos hidráulicos e elétricos, pinturas internas e recuperação do gramado.


Por Ádamo Araujo/ Foto: Tony Winston/Agência Brasília

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