ARTIGO: Brasília, a Capital de Um Bilhão de Dólares.
“Tu nasceste
da fé, da coragem e da esperança”!
Na época não
havia estradas de ferro, nem rodovias adequadas para trazer o material de
construção. A solução foi transportar o material por via aérea, fato que
encareceu muito o custo das obras. Inicialmente foram gastos: um milhão de
metros cúbicos de areia, um milhão de metros cúbicos de brita ou cascalho,
vindos de Cristalina Goiás, dois milhões de metros cúbicos de concreto,
quatrocentos quilômetros de laminados de madeira originarias principalmente do
Estado do Paraná, cem milhões de toneladas de ferro e sessenta mil operários.
Essa foi à receita que fez surgir da grande solidão, em quarenta e três meses,
esse belo monumento. Essa beleza sem par. Brasília. Dez amigos do Presidente
Juscelino Kubitschek de Oliveira, em dez dias construíram o palácio de tabuas,
(O Catetinho) e ofertaram-lhe de presente. E foi inaugurado em 10 de Novembro
de 1956. O Catetinho foi planejado sem conforto ou honras oficiais, para que o
presidente JK não se distanciasse dos trabalhadores, que viviam em barracos e
tendas. A conduta adotada por JK significava valorização do trabalhador, pois
sem o trabalho dessa gente descamisada, nada seria feito. No final do dia os
homens voltavam pras suas casas na melancolia do poente sentindo na alma a
grande solidão pela falta de suas mulheres. A ordem era trabalhar e trabalhar,
construir. As palavras de JK ecoavam como se fosse um hino encorajador para a
luta. Antes era a solidão, mas os heróis Brasileiros no norte e do sul, com
sangue e suor e lagrimas, construíram essa grande metrópole. Já não se houve
mais o canto do jaó nos finais de tarde, ou o canto da perdiz nas manhas de
primavera, veados e emas, dando vida aos campos verdes quebrando a solidão.
Agora vemos gente, muita gente, milhões. Gente que voa nas asas do Progresso e
da Esperança. Gente que entra taboas e sonhos não desistiu de viver aqui.
Quanta saudade, do chão vermelho terra virgem, maquinas, poeira, onde o cheiro
de suor de homens descamisados se misturava com o cheiro da terra. Ouço ate
hoje o ronco das maquinas rasgando a terra inexplorada, vendo um sonho
transformar-se numa grande realidade. No dia 2 de Outubro de 1956, o Brasil
ouviu do Presidente JK as seguintes palavras: “Deste Planalto Central, desta
solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões Nacionais,
lanço os olhos mais uma vez sobre o amanha do meu País e antevejo esta Alvorada
com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino”.
Fonte: Olavo da
Silva Aguiar é Pioneiro e Colaborador do Jornal de Sobradinho
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