GREVE: Bancários aprovam greve a partir desta terça-feira
Categoria
rejeitou proposta dos bancos de reajuste de 7,35% nos salários
Bancários de
todo o país rejeitaram na noite desta segunda-feira a nova proposta dos bancos
e decidiram pela deflagração de greve nacional por tempo indeterminado a partir
desta terça-feira. A decisão, defendida pelo comando nacional da categoria e
aprovada em assembleias realizadas por mais de 100 sindicatos, considerou
insuficiente a última oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de
reajuste de 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e de 8% (1,55% acima
da inflação) para os pisos salariais. Os bancários também protestaram contra a
omissão dos bancos em relação às propostas não econômicas como garantia de
emprego, combate a metas abusivas e ao assédio moral e segurança bancária. Em
nota, a Fenaban disse que não iria se manifestar sobre a paralisação.
— Com essa
proposta (7,35%), não tínhamos outra alternativa se não a greve. É menos de 1%
de aumento real, contra um lucro de 16,5% nos lucros dos bancos só no primeiro
semestre do ano. É, no mínimo, uma falta de respeito com os trabalhadores —
disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicatos dos Bancários de São Paulo.
A pauta com
as reivindicações foi entregue pelos bancários no dia 11 de agosto e, após oito
rodadas de negociação com a federação dos bancos, não houve acordo para o
índice de reajuste. Os bancários reivindicam reajuste de 12,5% (aumento real de
5,8%), além de piso salarial de R$ 2.979.
Segundo o
comando nacional dos bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-Cut), durante o período de duração da
greve, caixas de autoatendimento vão continuar funcionando para atender à
população.
No
calendário da greve, estão previstas manifestações em frente às agências a
partir desta terça-feira e atos, na próxima quinta-feira, em frente à sede do
Banco Central, em Brasília, contra a proposta de independência da instituição.
As manifestações serão estendidas a sedes do Bacen em outras nove capitais.
Fonte: LINO
RODRIGUES/globo.com
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