UTILIDADE PÚBLICA: Zoonoses alerta para o abandono e cuidado dos animais
Em média,
dois bichos, especialmente cães e gatos, são deixados diariamente no local, que
não pode ficar com eles
A Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do DF (Dival/SES) alerta a população para o problema do abandono e o cuidado com os animais. Em média, diariamente, dois animais (como cães e gatos) são encaminhamos para a Dival para cuidados, o que não faz parte das atribuições da instituição.
"O que
queremos alertar à população é que recebemos várias ligações de pessoas
denunciando maus-tratos e também pessoas que trazem animais para ficarmos com
eles. Mas a atribuição da Dival não é essa. Precisamos capturar animais que
apresentam risco de doenças à população, como a leishmaniose e raiva",
orientou a Diretora da Dival, Kênia Cristina.
Os animais
deixados no local, quando saudáveis, são encaminhados para adoção pelos
cidadãos comuns e ONGs de proteção aos bichos. "Animais que chegam até
nós, porque os donos não querem mais, não podem ser recebidos. A Dival não é
hospital veterinário ou abrigo. Nossa competência como órgão de Vigilância Ambiental
da SES/DF é bem definida no Decreto n° 34.213, de 14 de março 2013",
acrescentou a diretora.
O órgão
responsável pela saúde dos animais é a Secretaria do Meio Ambiente, que
disponibiliza os "Castra-móveis", por exemplo. Além das clínicas
privadas, o hospital veterinário da Universidade de Brasília também tem
atribuição de cuidar da saúde dos animais.
SUSPEITOS DE
DOENÇAS – O animal deve ser apreendido e passar por exame para confirmar se tem
leishmaniose (em caso de cão) ou raiva (no casos de gatos e cães) e ficar em
observação, explicou Kênia. De janeiro a maio deste ano, foram recebidos no
canil e no gatil da Dival, 595 cães e gatos com suspeitas de leishmaniose ou
raiva. Os casos suspeitos devem ser registrados no Disque Saúde (160) ou pelo
telefone 3343-8809.
MAUS-TRATOS
– Os animais que ficam abrigados temporariamente na Zoonoses, em observação de
doença ou antes do exame, permanecem em ambiente limpo, com alimentos (ração) e
água disponíveis dia e noite. "O mau trato é crime em nossa legislação. Por
isso, não o admitimos em nossos canis e gatis", acrescentou o
especialista.
"Fazemos
um trabalho contínuo com os animais que ficam aqui. Eles são observados e, em
casos de suspeitas, fazemos o exame laboratorial. Os animais saudáveis são
encaminhados para a adoção. Muitas ONGs e pessoas comuns levam os animais para
adoção", destacou a especialista.
EUTANÁSIA –
Animais deixados na instituição e que chegam com feridas graves, atropelados,
agredidos ou que já demonstram sinais de sofrimento de morte, são eutanasiados,
mesmo não sendo atribuição do órgão. "Como levamos em conta o respeito e o
atendimento humanitário dos animais, fazemos também a eutanásia de bichos
machucados com graves ferimentos e que não vão sobreviver", informou o
veterinário da Zoonoses, Ivanildo Santos.
Os animais
que têm a confirmação de leishmaniose e raiva são eutanasiados de forma indolor
para que o animal não sofra. "Damos uma anestesia no animal e depois a
injeção letal e o proprietário do animal pode acompanhar o procedimento",
disse o especialista.
Após isso,
os animais são encaminhados para incineração, feita de forma terceirizada pelo
Serviço de Limpeza Urbana (SLU) para evitar contaminações.
Clique aqui
para saber mais sobre leishmaniose e raiva.
Fonte:
Secretaria de Saúde / Foto - Mariana Raphael / Arquivo
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