MEIO AMBIENTE: ADASA APRESENTA SOLUÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DO RIBEIRÃO SOBRADINHO
Neste
primeiro fim de semana de dezembro (06 e 07), estudantes e moradores de
Sobradinho darão início ao plantio das primeiras 10 mil árvores
nativas nas margens do ribeirão Sobradinho, que a 20 anos sofre ações de
deterioração. Nascendo próximo ao condomínio Alto da Boa Vista, o ribeirão, em
seus 28 quilômetros até chegar aorio São Bartolomeu, sofre todos os tipos impactos
que se refletem na qualidade de suas águas, hoje poluídas na maioria do
trajeto.
Diagnóstico
da situação foi elaborado por um Grupo de Trabalho formado por técnicos da
Adasa, Caesb, SLU, Ibram, Agefis, Terracap, Casa Civil do GDF (coordenação),
Administração de Sobradinho, Secretaria da Agricultura e Diretoria de Ensino. Os estudos
apontaram como primeiras soluções a revisão das vazões e consumo dos
condomínios que possuem captação subterrânea nas nascentes do ribeirão, a
implantação de programas de uso racional da água e repressão a comportamentos
perdulários.
Além
disso, apontou a necessidade de desenvolver o Sistema de Informação Geográfica (GIS) contendo
dados e informações sobre a bacia hidrográfica do ribeirão Sobradinho com foco
na qualidade da água, flora, fauna, sedimentos, ocupação de solo, usuários,
esgotos, resíduos, drenagem pluvial, licenciamento ambiental, entre outras.
A
partir de dezembro, a Adasa, que assumirá a coordenação das ações do GT, vai
atuar vigorosamente nas fiscalizações das captações irregulares e suas
regularizações, através de outorgas. Além de monitorar a qualidade da água vai
intensificar o processo de conscientização dos estudantes para que eles sejam
guardiões da defesa do ribeirão junto à comunidade.
Impactos
negativos
O
ribeirão Sobradinho, encontra-se a 22 quilômetros de Brasília, com extensão de
28 quilômetros e área de drenagem de 153 km². A cidade de Sobradinho e
adjacências (condomínios) possuem cerca de 150 mil habitantes, com um cenário
de expansão urbana acelerada. A infraestrutura urbana de drenagem pluvial
e de esgotamento sanitário não consegue acompanhar este desenvolvimento.
Desde
sua nascente, o ribeirão é impactado por ações antrópicas: desmatamentos e
impermeabilizações sem critério prejudicam o ciclo hidrológico quanto à recarga
subterrânea. E mais, há diversas captações para abastecimento dos condomínios.
Depois
de impactado nas nascentes, o ribeirão, nas áreas urbanizadas de Sobradinho,
sofre com a existência de algumas áreas de parque sem o devido cercamento;
recebe rejeitos industriais e agrícolas, águas pluviais misturadas com esgoto
clandestino e resíduos sólidos urbanos, como resultado da ocupação irregular do
solo ao longo de suas margens.
Após passar pela estação
de tratamento da Caesb e desembocar no rio São Bartolomeu, o ribeirão percorre
17 km ao longo de propriedades rurais, chácaras e áreas públicas. Apesar disso
tudo, o ribeirão ainda consegue se recuperar parcialmente nesse trajeto e
melhorar a qualidade da água, ao receber contribuições de águas oriundas de
três ribeirões tributários ao longo desta trajetória.
Fonte: Adasa
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