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ILUSÃO

Como posso gostar de alguém tão desconhecido,
Como posso correr meus olhos em lábios tão virgens para mim,
E minha imaginação tão descontrolada,
Meu coração tão descompensado, desequilibrado, acelerado,
É tanta loucura, tanta coisa passa dentro da minha mente,

É um frio lá fora,
Um calor aqui dentro,
Um desejo descontrolado,
Um beijo roubado,
Uma tensão, uma paixão, uma loucura,

E se olho com olhos de desejo,
Se te quero com gosto de paixão,
E mesmo assim seu corpo se afasta,
E seus olhos não me enxergam,

Quando quero respirar,
Quando quero sentir você,
Sem os limites, sem pudores e talvez sem medo,
Se tudo que me prende são esses olhos que me encantam,

Nem posso falar de saudade,
Muito menos de amor,
Se meu coração nem consegue explicar,
Se nem mesmo proteção posso lhe oferecer,

Enquanto meu corpo te deseja,
Meus olhos te consomem,
Minha boca te procura,
Minha mente te imagina.

Silencioso, sigo,
Em segredos permaneço,
Quem sabe um dia,
Quem sabe uma hora dessas,

O frio lá fora cesse,
O calor aqui dentro amenize,
Meus olhos deixem de querer,
E meu coração compassado se torne.
  

 Por Daniel Atta, Advogado, Escritor, Poeta e Colaborador do Jornal de Sobradinho




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