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UMA DOSE SE VENENO


Quem dera confundir-me,
Quisera poder,
Em alguns momentos pedir-lhe,
Uma dose de adrenalina em minha vida,

Sem rodeios, sem vírgulas e sem vergonha,
Apenas as curvas perigosas do teu corpo,
Aplica-me na veia,
Deixe meu corpo febril,
Ao toque de tuas mãos,
O correr de teus lábios,
O correr pelo teu corpo completamente nu.

Deixe, queira e receba,
Da minha boca o mais puro mel.
Ou quem sabe apenas uma dose do meu veneno pouco letal ou amoral.
Quem sabe apenas se revele.

Despudorada, depravada e pecadora,
Não se permita a um não,
Deixe que sua mente imagine e queira,

Não se limite adivinhações,
Se aconchegue em meu peito,
Que sua boca quente se junte a minha,
Olhe em meus olhos enquanto ainda pode,

Enquanto meu veneno corre agora dentro do teu corpo,
Ainda quente, ainda tremulo, ainda desacreditado,
Se ainda pudesse ouvir o balbuciar de minhas palavras,
Os gemidos do meu deleite,

Quem sabe fizesse calar-me com um beijo,
Ou dividir contigo os lamentos desse nosso momento.
Aninho-me ao teu lado,
Esperando que passe logo esse efeito,
Que seja apenas um sono leve,
E que acorde sorrido contigo.

Por Daniel Atta, Advogado, Escritor, Poeta e Colaborador do Jornal de Sobradinho 

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