PORTEIRA FECHADA - Só falta o burrico da RM ficar preso. Com fé, chegaremos lá
Aonde chegamos...
Longe, muito longe. A tradição brasileira permitiu uma rica importação
de costumes, credos e culinárias. De forma liberal, quase subserviente. E aí
acontecem coisas que em nenhum país medianamente civilizado podem ser vistas. O
caso Raad Massouh, em Brasília, é um autêntico conto das arábias.
Raad Massouh é conhecido por exatas 9.408 pessoas das 2,5 milhões que
habitam o Distrito Federal. Com esses votos ele foi eleito deputado distrital.
Uma honra para os candangos, uma vez que ele não é brasiliense nem
brasileiro. Uma contribuição ao nosso vocabulário, ao menos culinário, onde
acrescentamos záhtar, sumagre,simsom, pistache e outras iguarias. Massouh é
sírio. E deputado distrital, que é o tempero da receita.
Aonde chegamos...
Proeminente vendedor de carros usados, hoje defende o turismo rural.
Além de defender o governo de Agnelo, é claro, onde serviu kafta aos micro
empresários em uma secretaria de Estado arrombada na semana passada pela
polícia que não gostou do tempero. A polícia não entendeu que os temperos
mudam, assim como CPFs. Isso é normal em um país aberto e simpático. Nem
precisava ter enfiado o machado nas portas da secretaria comandada por Raad. No
Palácio do Buriti existe alguém de plantão para abrir as portas prontamente. É
só pedir.
Aonde chegamos...
Economicamente letrado em nossa língua nativa, o ilustre deputado e seu
fã clube de 9.408 seguidores, esboçou algumas frases em português para explicar
que não sabe para onde foram os recursos de uma determinada festa patrocinada
por emenda parlamentar, acontecida em sua
fazenda-hotel-clube-haras-parking-camping-bistrô-arena de Sobradinho. Coitado,
ele não entende a malícia brasileira, é apenas um empreendedor que tem 9.408
amigos que frequentam a sua residência de campo.
Um autêntico viajante não para mesmo em lugar nenhum. Mas Raad foi parar
no PPL. Não, isso não é presídio. É um partido político – Partido Pátria Livre,
acredite - sucedâneo do MR8, que para os militares da ditadura
representou um ninho de terroristas. De lá veio Dilma Rousseff, por exemplo.
Cabe a você, leitor, identificar onde está o insulto e para saber basta
examinar a biografia de um (Raad) e de outro (Dilma). Não vale a pena cometer
injustiça. Massouh jura que suas 9.408 ovelhas somam um rebanho que jamais
sonhou ter na Síria.
Como pastor rural, seu cajado registrou terras em Sobradinho onde
aconteceu a grande ceia da coalhada seca. O azedinho apreciado foi parar, pela
primeira vez, nas portas do Buriti, com derrubada de portas, agentes mascarados
e apreensão de bens públicos. Inédito na história do Distrito Federal.
Aonde chegamos...
Só devemos pensar que nossas fronteiras foram definitivamente
ultrajadas, nossa autonomia desprezada, que jogamos os pratos no chão.
Desculpem, não estamos na Grécia, os pratos aqui são outros. Mas nada impede
que amanhã ou depois outras 9.408 pessoas tenham a capacidade de preparar
banquete igual para quase 3 milhões de habitantes.
Vamos chegar lá?
Fonte: www.notibras.com.br
http://www.notibras.com.br/site/pt/editorias/brasilia/5153/S%C3%B3-falta-o-burrico-da-RM-ficar-preso-Com-f%C3%A9-chegaremos-l%C3%A1.htm
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