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Cultura árabe nas escolas




*Joel Pires

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que inclui no currículo obrigatório dos ensinos Fundamental e Médio a temática da cultura árabe e da tradição islâmica. Assim, os estudantes entrariam em contato com o universo dessa tradição milenar. Quem nunca ouviu, leu ou assistiu a alguma das histórias de “As mil e uma noites”?, seleção de contos populares originários do Oriente Médio e do Sul da Ásia, um clássico da literatura universal. Simbad, o marujo; Aladim e a lâmpada maravilhosa e Ali Baba e os quarenta ladrões, entre outros, tornaram a obra popular em todo o mundo.

Bom, independentemente da aprovação do projeto, o esclarecimento é sempre bem vindo! E a escola é o lugar, por excelência, de irradiação do saber. Uma boa forma de conhecermos a arte, a história, enfim, a cultura de um povo é por meio do cinema. Assistindo a bons filmes, entendemos melhor o pensamento e o comportamento do outro, evitando assim a xenofobia. O preconceito é produto da ignorância; e a educação é a melhor forma de combatê-lo. Nesse sentido, as películas “O balão branco” e “A caminho de Kandahar”, produções iranianas, são excelentes obras para divulgar a cultura de países islâmicos.

Não é preciso esperar o projeto ser votado para dar início a essa proposta pedagógica. O tema da xenofobia pode ser abordado interdisciplinarmente no eixo da transversalidade. Professores de Literatura, Artes e História, por exemplo, tem autonomia e obrigação de apresentar o assunto em sala de aula. E isso não vale apenas para o esclarecimento sobre o islã. A educação não tem fronteiras e, ao aluno, não lhe deve ser negado o direito de conhecer o mundo. Nesses tempos de intolerância generalizada, seria bom atentar para questões como essa.

Por Joel Pires - professor, psicopedagogo e colaborador do Jornal de Sobradinho / fotos google images

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