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SOBRADINHO: Seguidores de Chico Xavier prestam homenagem no centenário do médium


Mario de Almeida, amigo do médium, confere a exposição preparada para relembrar os momentos que marcaram a trajetória de Chico Xavier

* Ariadne Sakkis

Mario de Almeida, amigo do médium, confere a exposição preparada para relembrar os momentos que marcaram a trajetória de Chico Xavier.

No aniversário de Chico Xavier, comemorado ontem, o Centro Espírita Monte Alverne, no Grande Colorado, prestou uma homenagem ao centenário do principal símbolo do espiritismo no Brasil. Cerca de 30 seguidores do médium se reuniram para fazer preces e relembrar as lições de Xavier. A ocasião serviu também para que muitos conhecessem o Memorial Chico Xavier, composto por imagens, livros e cartas escritas pelo ícone espírita, que morreu de uma parada cardíaca aos 92 anos, em 2002, em Uberaba (MG).

Todas as peças do acervo fazem parte dos arquivos de Ariston Teles, médium que conheceu e conviveu com Xavier nos anos 1980, em Uberaba. “Mantemos uma relação muito estreita com o Chico. Construímos o memorial motivados pela chegada do seu centenário e pelos ensinamentos que ele passou”, comenta Teles. Os títulos dos 451 livros psicografados, momentos e registros da história do mineiro mais ilustre de Pedro Leopoldo adornam as paredes do centro.

A sensação de Ariston e de Neta Almeida, que cuida do espaço, é que o memorial assumiu ares de ponto de pereginação. “As pessoas se emocionam muito ao entrar aqui. Sentimos que este se tornou um lugar de cura, de prece e introspecção”, afirma Neta. Ela conta que até um ônibus com turistas da Bahia fez uma parada para conhecer o centro. No local, garrafas de água, bilhetes, fotos e pedidos são deixados por visitantes.

A celebração de ontem contou com uma visita muito especial: o jornalista mineiro Mario de Almeida, amigo íntimo de Chico Xavier. A amizade começou em 1944, em Pedro Leopoldo, no tempos em que os dois frequentavam as mesmas sessões espíritas. Apresentado aos presentes como assessor de Xavier, Almeida, 89 anos, faz piada: “Só se fosse para guardar lugar no Centro Espírita Paz, Amor e Caridade. As sessões sempre começavam às 19h, mas o Chico estava sempre atrasado”, relembra. O amigo é um dos que acreditam que o espírito de Xavier continua a se manifestar. “Acho que os ensinamentos dele vão durar milênios e milênios. O Chico era e continua sendo um palco de fenômenos. Esta é uma forma de preservar a memória dele”, afirma.

Por Ariadne Sakkis/CB/foto Adauto Cruz/CB/D.A Press

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