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DEU NO DFTV/GLOBO : Moradores do Lago Oeste denunciam ocupação irregular na região

A mais recente seria uma igreja na rua 11, com capacidade para 1,5 mil fiéis. O Lago Oeste é considerado área de proteção ambiental e a maioria dos lotes está em processo de regularização.

REGIÃO DE SOBRADINHO: Nas ruas do Lago Oeste, os sinais de um mercado imobiliário que cresce cada vez mais preocupam os moradores. Para construir no local, é preciso respeitar as normas do zoneamento ecológico econômico da Área de Proteção Ambiental da Cafuringa, que limita a construção a três residências em cada terreno de dois hectares.

“A ideia é que, com isso, nós não tenhamos no Lago Oeste uma transformação que já ocorreu em Vicente Pires, por exemplo. Vicente Pires era uma região de chácaras para a produção de hortifrutigranjeiros e que, hoje, se transformou praticamente em uma cidade”, afirma o presidente da Associação de Produtores Rurais do Lago Oeste, Wison Antonio Auerswald.

A maioria dos lotes no Lago Oeste fica em um terreno da União e o processo de regularização está em andamento. Os documentos do licenciamento ambiental ainda estão em análise no Ibram.

“A gente quer manter esta região como área ambiental e área rural. Muitas chácaras conservam o Cerrado. Você pode ver que aqui que é lindo”, fala a moradora e vice-presidente da Associação dos Amigos das Floresta, Regina Fernandes.

Alguns empreendimentos, no entanto, preocupam os moradores, como a construção de uma igreja na rua 11. “Esse empreendimento é grande. Pelo que temos notícia, é para 1,5 mil pessoas nos fins de semana. Isso vai contaminar o lençol freático, eu não tenho dúvida nenhuma. Por isso, agente está com a preocupação muito grande de que empreendimentos dessa natureza não ocorram aqui sem um estudo muito grande de todos os órgãos ambientais”, ressalta Célio Brandalise, do Comitê da Bacia do Rio Maranhão.

O dono da empreiteira que realiza a obra, Rubens Cunha, garante que não há perigo. “Em hipótese algum isto aqui vai virar Vicente Pires, porque se trata de uma área única e particular. Vamos deixar claro isso. E o que está sendo construído não tem impacto ambiental algum. Para ser direto e objetivo com vocês, está tudo dentro da legalidade, dentro dos conformes”, defende.

O Instituto Chico Mendes foi ao local e multou os responsáveis em R$ 5 mil por desmatarem o Cerrado. Já o Ibram, na semana passada, autuou os responsáveis por realizar uma construção em uma área de proteção ambiental sem licença.

De acordo com o instituto, a obra deve permanecer embargada até a apresentação dos documentos necessários. Se isso for descumprido, pode ser aplicada uma multa. Apesar disso, vimos que a movimentação de operários na região foi intensa esta semana. A Adasa também multou a obra por construir um poço artesiano sem a devida licença.

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por Albert Steinberger / Emerson Soares - DFTV/GLOBO

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