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UTILIDADE PÚBLICA - Defesa Civil alerta sobre chuvas em áreas de risco


Atualmente, existem no Distrito Federal 26 locais considerados de risco, por estarem localizadas em solo arenoso, argiloso ou próximos a encostas ou à beira de rios. Áreas foram ocupadas irregularmente em pontos já propícios à erosão do solo. Problema é acelerado rapidamente com as construções desenfreadas e sem planejamento

A Defesa Civil do Distrito Federal chama a atenção dos moradores de áreas de risco para os perigos decorrentes do período chuvoso. Atualmente, existem no DF 26 áreas consideradas de risco, por estarem localizadas em solo arenoso, argiloso ou próximos a encostas ou à beira de rios.

Segundo o major Alexandre Ataíde, da Defesa Civil, apesar da diminuição no número de locais ameaçados, a população precisa ser alertada sobre os períodos da época. Ataíde acrescenta que os locais de risco foram ocupados irregularmente em pontos já propícios à erosão do solo e que o problema é acelerado rapidamente com as construções desenfreadas e sem planejamento. “Reduzimos nos últimos anos os 198 pontos catalogados como de risco para 26”, informa o major. “Isso se deve a fatores como fiscalização, redução de invasões e conscientização da população”.

As áreas de risco do DF identificadas pela Defesa Civil situam-se nos seguintes locais: Núcleo Bandeirante, Paranoá, Varjão, Sobradinho I, Sobradinho II, Ceilândia, Riacho Fundo I, Recanto das Emas, Itapoã, Vicente Pires e Arniqueiras.

Problema

Além da chuva, outro grande problema é o acumulo de lixo. De acordo com Alexandre Ataíde, junto com a sujeira, vêm e erosão e os entupimentos das bocas-de-lobo. “Com essas características, o problema se acentua bastante. Com a conscientização da população, podemos por fim nesta dificuldade”.

Para isso, a Defesa Civil montou núcleos de fiscalização em todos os locais de risco. Nos locais, alguns moradores são capacitados para orientar a população sobre ações que podem contribuir neste objetivo. Entre outras, estão informações sobre como cuidar melhor dos telhados das casas, limpeza de calhas e correta coleta de lixo.

O órgão realiza também o constante monitoramento dos locais, averiguando a eminência do perigo e o crescimento dos riscos. Além disso, informa tanto os moradores quanto o governo sobre o que pode ser feito nas regiões.

Retirada de moradores

A retirada de moradores somente acontece depois de verificado risco latente por parte da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Quando há necessidade de transferir uma família, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) é acionada para, inicialmente, verificar a exata condição dos proprietários, para que recebam assistência social e/ou financeira do governo.

“Os órgãos de apoio do governo vão analisar caso a caso. Essas famílias removidas poderão ser encaminhadas para um abrigo, receber um auxílio-aluguel por até seis meses ou ainda ganhar um lote. Entretanto, terão que atender a vários critérios, como desemprego e nunca ter recebido um lote do GDF”, explica o major Ataíde.

Por enquanto, apenas a comunidade da Vila Rabelo, em Sobradinho II, está sofrendo retiradas. As fortes chuvas do mês afetaram a região, que foi considerada de alto risco pela Defesa Civil. Agora, os moradores do local estão passando pela operação de transição, para saber como o governo lidará com cada caso.

Dicas úteis
Como prevenir-se das chuvas nas áreas de risco:
• Evitar os cortes verticais do talude (terra)
• Evitar a plantação de bananeiras (planta pesada e de raiz superficial) nas encostas, dando preferência às plantas mais leves e de raízes profundas, como o bambu
• Não jogar lixo nas encostas, córregos e bocas-de-lobo
• Construir calhas nos telhados, conservando-os limpos
• Construir canaletas no chão para direcionar a água
• Manter limpos os ralos, esgotos, galerias, valas, etc
• Aterrar buracos que acumulam água
• Reforçar muros e paredes poucos confiáveis
• Providenciar a poda ou o corte de árvores com risco de queda
• Incentivar a criação de grupos de cooperação entre os moradores em locais de risco

Serviço
Moradores podem pedir auxílio pelos telefones:
• Corpo de Bombeiros – 193
• Defesa Civil do DF - (61) 39015816/5818
• Plantão: 9224-0640
• Sedest: (61) 39611546

Fabiana Bandeira - Agência Brasília

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