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ELEIÇÕES 2010 - Celina Leão é Deputada Distrital e Fica


Um erro grotesco nas matérias relacionadas à dança das cadeiras com a impugnação de alguns votos pela Justiça Eleitoral tem deixado jornalistas e eleitores confusos quanto a quem pode sair e quem pode entrar na Câmara Legislativa caso a Justiça libere os candidatos de suas respectivas impugnações.

Vamos lá...

Dos 24 eleitos (até agora), quando fazemos as contas da proporcionalidade de votos levando em conta as coligações dos partidos, o chamado coeficiente eleitoral dá o seguinte resultado: Raimundo Ribeiro (PSDB) é o vigésimo quarto deputado mais votado. Wasny (PT) é o vigésimo terceiro – entrou com ajuda dos votos dos demais petistas. Celina Leão (PMN) é a vigésima segunda deputada distrital mais votada.

Sendo assim, com a liberação da Justiça aos votos de Benício Tavares (PMDB), quem caiu foi Raimundo Ribeiro, o vigésimo quarto nas contas.

A especulação agora é que Celina Leão caia caso a Justiça libere os votos impugnados do PSB: Denízia Maria e Jaime Recena. Ambos têm votos suficiente para levar o Guarda Jânio (PSB) para a Casa. Porém, cairia, neste caso, o vigésimo terceiro mais votado, no caso, o petista Wasny, e não Celina.

Aliás, Celina não corre risco algum de perder seu mandato. Mesmo que a Justiça libere os votos de todos os impugnados, todos, eles não são capazes de tirar mais uma vaga de algum eleito, ou seja, como vigésima segunda mais votada, a distrital assumirá o mandato no próximo ano sem risco de ter de deixar a cadeira.

Entenda o caso:

Raimundo Ribeiro (PSDB) teve 12.794 votos. Benício Tavares (PMDB) teve 17.558 votos que, por estar impugnado, não foram contabilizados. Contudo, a Justiça liberou Benício e não considerou o parlamentar um ficha suja. Com isso, o peemedebista entra e tira o último mais votado proporcionalmente, que foi Ribeiro.

O Guarda Jânio (PSB) recebeu 13.736 votos, mas não conseguiu a cadeira por conta do coeficiente eleitoral. Mas a Justiça Eleitoral pode referendar os 7.765 votos sub judice de cinco postulantes de sua coligação. Denízia Maria (PSB), por exemplo, teve sua candidatura indeferida porque apresentou à Justiça Eleitoral documentação com o nome de solteira, mesmo casada e carregando o sobrenome do marido. Ela teve a preferência de 2.558 brasilienses. Jaime Recena, do mesmo partido, ganhou 1.709 votos, mas teve o registro questionado porque não votou no segundo turno das eleições de 2006. Se os dois forem liberados pelos juízes, os votos serão somados aos da legenda, garantindo mais uma vaga para a coligação.

Com isso, cai o vigésimo terceiro mais votado da lista, o petista Wasny.

Fonte: blog do jornalista Lívio Di Araújo- foto divulgação

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