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Lançando Livro: Da aurora ao crepúsculo

"Maria da Penha P.Magalhães,uma sobradinhense de opção, mulher vivida, que desde sua juventude se dedicou a escrever, tendo em sua mocidade tido crônicas publicadas em revistas como ALTEROSA de Minas Gerais e em revista na cidade de Campos - RJ. Embora não se tenha dedicado exclusivamente a esse mister; Como profissão foi funcionária pública federal e só agora, juntou algumas crônicas e poesias escritas em sua mocidade, a partir do final da década de quarenta até os dias atuais, para deixar na forma de livro para sua família e amigos".

O Blog Jornal de Sobradinho divulga com exclusividade:

OS SÁBADOS DE MINHA INFÂNCIA


O dia da semana mais prazeroso! Algumas alunas exibem suas fitas brancas engomadas, em belos laçarotes no topo da cabeça segurando seus cabelos por trás das orelhas para evitar que, em caindo sobre os olhos, lhes atrapalhe a leitura. Outras, nas pontas das duas trancinhas penduradas sobre os ombros, ou dobradas em graciosa argola, mostrando a referida fita em duas borboletas pousadas nas laterais da cabeça à altura das orelhas. Os uniformes, mais bem cuidados do que em qualquer outro dia! Os sapatos, alguns tipo “boneca” – mais delicados – Outros, nem tanto, ou melhor, mais destinados a durar por todo o ano escolar ou talvez mais (se os pés não crescerem tanto!), irrepreensivelmente engraxados, lustrosos, como se novos o fossem.
Hoje é sábado! E, embora nem manifestassem essa alegria conscientemente, seus espíritos estão alegres, suas almas em festa!
Nesse dia, damos folga para os livros e cadernos. Não é dia comum! Somente o caderno de desenho, o estojo de lápis de cor, o lembrete da poesia que escolhemos para declamar. A responsabilidade com as artes!
Hoje estaremos em contato direto com mestres da pintura, seus desenhos, suas cores, suas vidas, que devemos conhecer um pouco, pelo menos.
E os poetas? Há os poetas! Augusto dos Anjos, Castro Alves, Cruz e Souza, Casemiro de Abreu e tantos, tantos outros que viciam nossos ouvidos com suas rimas, sua musicalidade poética...
E declamar seus versos, seus poemas! Pontuar, virgular, fazê-lo como se a palavra escrita tivesse a magia de se transformar em suas próprias vozes!
Poetas de sul a norte, sua naturalidade, sua descendência, sua origem social, enfim, como a nos mostrar que a arte não tem e não dá privilégios. É propriedade de quem a quiser adotar. Ela é democrática, ela é de uma riqueza inesgotável, por isso acessível a qualquer um! Quando mais se lhe tira mais ela se multiplica em grandes ou pequenos, médios ou insignificantes artistas da poesia, conforme sua ambiência, sua sensibilidade e sua inspiração.
Hoje é sábado! Dia do civismo! Dia de hastear a Bandeira Brasileira! E, ao Hino Nacional, cantado com entusiasmo e respeito, vai ela subindo o mastro devagar, tremulando ao ritmo desses corações que aprenderam a amá-la como o maior símbolo da nossa Pátria.
E o prêmio da semana, tão ansiosamente esperado, para o aluno que mais se destacar no comportamento e nas notas?!
Ele, de mãos enluvadas, hasteará a Bandeira Nacional!
Não pode haver honra maior!

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