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245 mil motoristas começam a receber licenciamentos não pagos


















Foto: Júnior Nobre

A decisão de cobrar as dívidas antigas, entre 2004 e 2008, é da Justiça. Agora, a conta pode sair cara. Principalmente para as revendedoras de carros usados.

As cartas de cobrança se acumulam nas mãos do revendedor de carros. Elas começaram a chegar dia (14), para a loja e também para os antigos clientes que compraram veículos há pouco tempo, e receberam dívidas atrasadas que não eram deles.

“Quando eles compraram o carro com a gente, não tinha débito algum. De repente, começaram a chegar esses débitos e os clientes estão trazendo pra gente pagar. E para nós é um grande prejuízo”, reclama o dono de revendedora Antônio Orinaldo.

As taxas de licenciamento começaram a ser cobradas pelo Departamento de Trânsito há cinco anos. Mas a validade estava sendo questionada na Justiça, que este ano decidiu a favor do Detran. Quem não paga a taxa desde 2004 deve, em valores corrigidos, cerca de R$ 320. O prazo para pagamento vai até 31 de agosto.

“Se todos os clientes da época vierem procurar as lojas hoje, cada loja de veículos em Sobradinho vai desembolsar, em média, R$ 30 mil”, diz o presidente da Associação de Revendedores de Sobradinho, Carlos Augusto de Barros/Auto Show Veículos.


De acordo com o Detran, a taxa de licenciamento aparecia na consulta de dívidas antigas com uma observação: "sob júdice". Ou seja, estava sendo questionada na Justiça. Portanto, a dívida deveria ter sido negociada no momento da venda do veículo. Agora, ela pertence ao proprietário atual.

Quem não pagar as taxas antigas não poderá renovar o documento do veículo deste ano. E há outros riscos. “Qualquer veiculo que esteja sem o CLRV, o condutor será multado por estar sem documento de porte obrigatório e o veiculo recolhido ao depósito. E só sairá depois de saldada a divida”, explica o diretor-geral do Detran-DF, Cezar Caldas.

Serviço:
Para saber se está devendo a taxa de licenciamento, o motorista deve consultar a página do Detran-DF ou ligar no telefone 154.


Fonte: Ronaldo Gueraldi & Salvatore Casella

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